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01/03/2014 - 19h03

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01/03/2014 - 19h03

Valcke analisa situação dos estádios da Copa e desabafa: "Não tem sido nada fácil"

Dirigente está preocupado com infraestrutura de comunicação.

 O Globo

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke: Fazer a Copa no Brasil

 O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke: Fazer a Copa no Brasil "não tem sido fácil" ARND WIEGMANN / REUTERS

O atraso na entrega dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo deste ano representa um grande desafio para a Fifa, disse o secretário-geral da entidade que controla o futebol no mundo, Jérôme Valcke, neste sábado.

- Estamos falando de condições em que o cimento não está nem mesmo seco - disse Valcke a repórteres.
Na próxima terça-feira, faltarão apenas 100 dias para o Mundial.

- Ainda temos que instalar todo o sistema de tecnologia da informação para a imprensa. Sem isso e os serviços de telecomunicações em dia, vocês irão dizer que somos os piores organizadores e que esse foi o pior evento de todos - destacou.

E seguiu explicando:
- Mas para instalar a tecnologia em um estádio precisamos de pelo menos 90 dias e precisamos trabalhar para todas as partes envolvidas, nossos parceiros comerciais, nossos parceiros de mídia, hospitalidade... A bola começa a rolar no dia 12 de junho e só para no dia 13 de julho, e acho que as coisas funcionarão bem, mas também é verdade que sempre que você recebe algo atrasado se torna um desafio muito grande deixar pronto a tempo.

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O dirigente acrescentou:
- Não sou um especialista em Copa do Mundo, mas posso dizer claramente que não tem sido nada fácil - disse, em entrevista coletiva após reunião anual com a International Board, órgão que regulamenta as regras do futebol.

Valcke fez uma reflexão, um desabafo.
- Estamos a quase 100 dias do início do primeiro jogo em um estádio em São Paulo que ainda não está pronto e só ficará mesmo a partir do dia 15 de maio. E como sabem, outros dois estádios (Curitiba e Manaus) também estão bem atrasados.

O chute no traseiro
Nesta mesma semana, há dois anos, Valcke proferiu aquela que foi uma das suas frases mais polêmicas, dizendo que o Brasil precisava "de um chute no traseiro" e causando a ira do Comitê Organizador Local (COL). Apesar da repercussão ruim, a frase pareceu, na ocasião, ter surtido algum efeito. Indagado neste sábado se os brasileiros precisariam agora de um novo "chute no traseiro", Valcke desviou-se da polêmica.

- Pergunte-me quando a Copa do Mundo tiver acabado - respondeu. - Nós já tivemos que colocar tudo em seu devido lugar e agora são esforços de última hora, mas vamos trabalhar até o último instante. Vai dar certo, e vocês terão o que esperam, os times terão do bom e do melhor. - afirmou.

Valcke tentou evitar novas polêmicas:
- Sem dúvida, os estádio são lindos, mas por ora (terminá-los) ainda é um desafio para os organizadores. E não estou fazendo uma crítica. É apenas um desafio. Temos que encontrar as soluções - encerrou.


 

O Globo

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