Em reunião realizada na sexta-feira (1º) na superintendência de Desenvolvimento Urbano Centro/Norte, envolvendo representantes da própria SDU, da Semest, Strans e Semtcas, foi acordado de que será marcada em breve uma audiência com o Ministério Público para apresentar um levantamento da realidade social dos 274 lavadores de carros que hoje atuam na Av. Maranhão e buscar uma alternativa que seja mais interessante para eles, bem como para o meio ambiente.
“Se a questão fosse apenas retirá-los de lá seria muito fácil, mas não é isso que desejamos. Uma das principais marcas da gestão do prefeito Firmino Filho é a inclusão social, a preocupação com a população. Não podemos simplesmente deixar essas pessoas desamparadas. Por isso queremos, juntos com o Ministério Público, tentar encontrar um caminho que seja interessante a todos e de permita a proteção do meio ambiente”, lembrou Olavo Braz, secretário Municipal de Economia Solidária.
Fiscais notificam 60 lavadores de carros da Av. Maranhão | |
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Secretaria vai traçar estratégias com lavadores de carros da Av. Maranhão | |
Durante a pesquisa realizada no local foi constatado, entre outras coisas, que 43% não têm o Ensino Fundamental completo, 56% têm filhos, sendo dois em média por família, 70% trabalha todos os dias com a lavagem de carro, ou seja, de domingo a domingo, e 75% informaram que sonham em ter outra profissão.
De acordo com o secretário Olavo Braz, caso a melhor solução seja que eles permaneçam onde estão algumas mudanças precisam ser promovidas, como a substituição dos produtos químicos por orgânicos, a realização de um cadastro definitivo de cada um, inclusive com a delimitação dos espaços, o uso de fardamentos, a proibição da ampliação da área e a comercialização de bebidas e outros produtos, entre outras coisas.
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Cerca de 44% dos lavadores de carros é menor de idade | |
O cadastro definitivo vai evitar ainda a exploração indevida dos espaços. “Sabe-se que tem gente que é proprietária de dois, três pontos. E não queremos isso. A questão é ajudar que cada uma das famílias tenha uma fonte de renda para se manter, não que os locais sejam explorados comercialmente como alguns querem fazer”, disse Olavo Braz.
Mauricéia Neves, secretária Municipal de Trabalho, Cidadania e Assistência Social (Semtcas), presente na reunião, também mostrou preocupação com a questão do trabalho infantil, já que, segundo a pesquisa, cerca de 44% dos lavadores de carros tem idade inferior a 18 anos.
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