A dona de casa Marcileide Lustosa e mais um grupo de mães solteiras foram à Câmara de Vereadores e ao Ministério público solicitar o cancelamento do sorteio das casas do Programa Minha Casa Minha Vida marcado pela Prefeitura de Teresina (PMT) para sexta-feira (11). Elas levaram documentação comprovando que já haviam sido contempladas, inclusive, preenchido cadastro no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e os documentos enviados para a na Caixa Econômica Federal. “Nós estávamos aguardando penas o sorteio das chaves. Fomos aprovadas em todas as etapas”, disse.
Assim como Marcileide, Fabiane de Sousa Viana também foi excluída da lista de contemplados do Residencial Miriam Pacheco, zona Leste de Teresina. Mãe de filho com necessidades especiais, Fabiane não entende como foi retirada da lista já que se incluiu em dois critérios tidos como prioridade do programa. “Além de ser mãe solteira de filho especial, ainda moro de favor em casa de família. Quando fui na SEMTCAS saber o que aconteceu, a funcionária chamada Susana disse que o prefeito havia cancelado a lista anterior e que ia sortear tudo novamente. Fazer isso sem mandar uma assistente social verificar a situação das famílias já sorteadas é um absurdo. Ninguém da Prefeitura visitou as casas das pessoas que estão aqui”, desabafa.
Ao todo são cerca de 400 famílias do do Conjunto Miriam Pacheco e Cidade Sul que já haviam sido contempladas e que vão ter que passar por novo sorteio. “Era para a gente ter recebido em dezembro. Não recebemos porque não tinham ligado a água”, destacou Cristiane Rodrigues Alves Machado, outra das mães prejudicadas.
A coordenadora de Habitação, Rogéria Sousa, confirmou que todas as famílias dos Conjunto Miriam Pacheco e Cidade Sul foram realmente excluídas da lista de contemplados e que necessitam passar por novo sorteio com todas as pessoas inscritas para o Programa.
”Será realizado o sorteio de 350 unidades habitacionais dos empreendimentos Miriam Pacheco, na zona Leste, e Cidade do Sul, localizado na zona Sul. Concorrem a essas moradias 28 mil inscritos na Etapa 1 do Programa. Nós constatamos que em nesses dois residenciais os critérios não obedeceram aos critérios do programa por isso vamos realizar novamente o sorteio”, argumenta a coordenadora.
A Vereadora Graça Amorim (PTB), que era a gestora da Secretaria Municipal do Trabalho Cidadania e de Assistência Social (SEMTCAS) na gestão anterior confirmou as informações das mães. “Realmente para estas famílias só faltava o sorteio das chaves. Retirar o direito dessas famílias é uma injustiça. Elas já tinham a expectativa de receber o seu lar. Imagine você chegar para uma pessoa que já tinha a certeza da casa própria e dizer que ela vai participar d enovo de sorteio com milhares de pessoas... Se a Prefeitura alega que há irregularidade, que analise a situação de cada família, reúna os contemplados. Não se pode desqualificar um sorteio desse jeito”, ressaltou a vereadora, que orientou as mães a procurarem o Ministério Público.
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