Ao longo de todo o período referente ao B-R-O BRÓ, os piauienses sofrem com a baixa umidade relativa do ar, devido a ausência de chuvas. Com as altas temperaturas e o tempo seco, o índice de queimadas, incêndios e problemas respiratórios são cada vez mais frequentes, assim é preciso redobrar a atenção com o meio ambiente e com a saúde.
Dentre as regiões do Piauí, a que tem concentrado os menores índices de umidade tem sido o Centro-Sul do estado. Nessa região a umidade tem chegado a 12% nos horários mais críticos. “A umidade do ar está de fato muito baixa, principalmente no Centro-Sul do Piauí. O horário com os percentuais mais baixos de umidade é 15h às 17h, por isso devem ser evitadas atividades físicas e exposição ao sol. Esses índices se manterão estáveis e há uma perspectiva de melhora a partir do dia 26”, afirma Sônia Feitosa, gerente de Meteorologia da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar).
Como a vegetação está mais seca, as temperaturas estão mais altas e a umidade está baixa é ideal que todo o lixo seja colocado em local adequado, pois resíduos como vidros e cigarro podem gerar queimadas. “Nesse período, o índice de queimadas cresce, principalmente pelos restos de cigarros jogados no meio ambiente. Mas, os incêndios podem também acontecer de maneira acidental como, por exemplo, através da junção do vidro e altas temperaturas”, explica Sônia.
O acumulo de poluentes no ar devido à baixa umidade tornam os problemas respiratórios cada vez mais frequentes. Nesse período as infecções nas vias aéreas são as mais comuns, como por exemplo, a rinite e faringite. Os sangramentos no nariz e o ressecamento da pele, olhos e lábios são cada vez mais frequentes, principalmente entre crianças e idosos.
A hidratação oral é uma das principais aliadas nesse período. “Crianças e idosos são os que mais sentem as consequências da baixa umidade, por isso é ideal a ingestão de bastante líquido. Os ventiladores e ar condicionados devem ser usados com o auxílio do umidificador de ar ou de medidas alternativas como bacias com água ou tolhas molhadas. Os olhos e o nariz devem ser lavados com soro”, ressalta a otorrinolaringologista Isadora Veloso.
Como as crianças fazem parte da faixa etária que mais sofre os impactos da baixa umidade, a Secretaria da Educação e Cultural do Piauí (Seduc) está tomando medidas para que estas se mantenham mais hidratadas durante esse período. "Todos os anos nós passamos por esse problema com a umidade e como não podemos atrapalhar o calendário escolar com uma suspensão de aula, optamos por readaptar o cardápio de merenda de todas as escolas colocando mais frutas e saladas de frutas, além de aumentar a oferta de água. As práticas esportivas nos horários mais quentes também deverão ser evitadas", analisa Eldina Rocha, diretora de Gestão e Inspeção Escolar da Seduc.
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