A equipe médica do Hospital São Paulo decretou por volta de 21h desse sábado (6) a morte encefálica do adolescente Paulo Patrick, de 14 anos. Ele foi atropelado por um táxi durante a manifestação que aconteceu em Teresina no dia 26 de junho. Durante os 10 dias em que esteve internado, Paulo Patrick permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi monitorado por exames.
Segundo o tio do adolescente Washington Luís Furtado, a família recebeu com muita tristeza o diagnostico e até as 8h30 deste domingo (7) continuavam ligados os aparelhos da UTI , onde Paulo Patrick estava desde quando ocorreu o acidente.
“Foram dez dias lutando pela vida. O pulmão e coração do Paulo Patrick estavam funcionando muito bem, mas ele não reagia a outros tratamentos “, afirma o tio.
Washigton Luís disse também que família ainda não decidiu onde ocorrerá o velório e o enterro. “ Fomos pegos de surpresa porque não esperávamos esta perda. A única decisão que a família tornou até o momento é que os órgãos do meu sobrinho não serão doados”, revela.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, Paulo Patrick foi atropelado por um taxi quando pulou na frente do veículo no fim da manifestação, quando a Ponte Juscelino Kubitschek no sentido Centro/Leste já havia sido liberada.
“O jovem saltou a mureta central da ponte para a via sentido Leste/Centro em frente ao táxi que trafegava normalmente pelo local. Ele foi então atropelado e em seguida socorrido por uma ambulância do Corpo de Bombeiros. A PRF abordou o motorista e tomou todas as providências necessárias para o caso”, diz o comunicado enviado à imprensa.
Paulo Patrick teve traumatismo craniano e um edema cerebral. A pressão arterial no crânio estava alta, durante os 10 dias em que ficou internado. O estudante também apresentou ferimentos na tíbia e fraturas nas pernas. Ele era jogador da Seleção Piauiense de Handebol.
Familiares do jovem estão inconformados. “ Esperamos que a morte dele sirva para mudar alguma coisa em Teresina. Ele participação de um movimento que buscava melhorias para nossa cidade. Também desejamos que o taxista seja responsabilizados por esta tragédia que atingiu nossa família. É preciso que a punições para envolvidos em acidentes de trânsito seja mais severa neste país”, protesta o tio de Paulo Patrick.
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