A onda de manifestações que ocorre em várias cidades do país foi assunto nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa do Piauí. Os parlamentares piauienses falaram sobre o acontecimento que parou o Brasil e chamou a atenção do mundo na segunda-feira. Cícero Magalhães (PT) se posicionou de maneira favorável ao ato. O deputado considera as manifestações relevantes.

"A população deve reivindicar seus direitos básicos e usufruí-los de maneira justa, mas sem comprometer a vida social dos demais", declarou. No entanto, Magalhães contesta o comportamento agressivo de alguns membros do movimento, que segundo ele representam uma pequena minoria.

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Juliana Moraes Souza (PMDB) defendeu o diálogo e lembrou que as manifestações fazem parte de um país democrático. O deputado Evaldo Gomes (PTC) disse que a população está se manifestando em busca de dias melhores para o país, enquanto o deputado Antônio Uchôa (PDT) afirmou que as ações dos que provocam a depredação do patrimônio público prejudicam o Brasil.

Rejane Dias, líder do PT, declarou que as manifestações populares são legítimas, mas que não concorda com as ações de vandalismo. A parlamentar falou que o Brasil teve avanços durante os governos petistas, principalmente na área da inclusão social.

Dilma fala sobre as manifestações

Ao todo mais de 200 mil pessoas foram para as ruas em várias cidades do país na tarde e noite de ontem (17). Nesta terça a presidenta Dilma Rousseff falou sobre as manifestações e disse que elas comprovam a democracia no país. “O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprova a energia da nossa democracia, a força da voz da rua e o civismo da nossa população”, disse Dilma.

A presidenta também destacou a ação de grupos radicais. “Infelizmente, porém, é verdade, aconteceram atos minoritários e isolados de violência contra pessoas, contra o patrimônio público e privado, que devemos condenar e coibir com vigor”, pontuou.

Dilma disse que as vozes das ruas precisam ser ouvidas e que elas ultrapassam os mecanismos tradicionais das instituições, dos partidos políticos e das entidades de classe. Segundo ela, os que foram ontem às ruas deram uma mensagem clara, sobretudo aos governantes.