A seca castiga, o sol abrasador queima e as dificuldades só aumentam. Quem vive da roça enfrenta tempos difíceis no sertão do Piauí. Para amenizar um pouquinho o drama dos sertanejos, o governo federal oferece uma pequena ajuda. O auxílio Bolsa Estiagem é oferecido aos trabalhadores como forma de consolo pelo plantio perdido.
O dinheiro não resolve todos os problemas do povo sertanejo, mas já ajuda. Como se diz no sertão: tudo serve! O problema é que algumas parcelas do benefício nem mesmo chegam ao bolso dos trabalhadores. Somente no Piauí, 65.536 guerreiros da roça ainda não sacaram o valor referente ao mês de maio.
O dinheiro está liberado e caso não saquem no prazo de 90 dias o valor voltará aos cofres de quem menos precisa, o governo. Ainda faltam muitos dias para o saque ser feito, mas muitos já perderam parcelas de meses anteriores porque não foram tirar o “bendito”. Dizer de quem é a culpa pelo ocorrido é arriscado e pode até ser injusto, afinal, o governo liberou o dinheiro.
Mas será que um sertanejo com a safra perdida, pai de família, que olha no terreiro e só vê caatinga seca, deixaria de ir receber o dinheiro sabendo que ele está liberado? Certeza que não. Em Capitão Gervásio Oliveira, no semiárido piauiense, um dos mais castigados pela seca no Estado, 360 beneficiários ainda não sacaram o parcela de maio.
Perto dali, em Dom Inocêncio, a quantidade chega a quase mil. Por lá a maioria ainda nem sabe que o “cascalho” está disponível. A lista de municípios sem o saque de maio efetuado segue. Em Itainópolis são 924 agricultores, em Itaueira são 597 e por aí vai. A relação conta com 188 municípios só no Piauí.
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