Resultado de parceria entre o Governo do Estado, através da Fundação Cultural do Piauí (Fundac) e o Instituto Terra e Memória, de Portugal, o livro “Identidades e Diversidade Cultural: patrimônio arqueológico e antropológico do Piauí-Brasil e do Alto Ribatejo-Portugal”, será lançado nesta sexta-feira (14), na embaixada de Portugal, em Brasília. No evento haverá palestra com o tema “Interface - patrimônio arqueológico e antropológico do Piauí-Brasil e do Alto Ribatejo-Portugal”, proferida pelo doutor Luiz Oosterbeek, do Instituto Terra Memória (ITM), um dos maiores centros de estudo superior na área de Arqueologia. No evento, está programada as exposições “Imagens e narrativas de vivência” (iconográfica) sobre o tema e “Os figurantes”, de Nonato Oliveira.
Depois de Brasília, o livro que recebeu a chancela do “Ano Brasil – Portugal, Portugal – Brasil”, será lançado em julho, em Teresina, e posteriormente, em São Paulo e nas cidades portuguesas de Lisboa, Tomar, Mação e Abrantes e ainda na Espanha, Itália, Romênia e Angola.
Marleide Lins e Síria Borges assinam a face Brasil, e a face Portugal tem a assinatura de Síria Borges e Luiz Oosterbeek. O prefácio da “face Brasil” é assinado por Niéde Guidon, presidente da Fundação Museu do Homem Americano – Fumdham e da “face Portugal” por Fernando António Baptista Pereira, presidente do Conselho Científico da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Segundo Marleide Lins, o livro tem um perfil gráfico com duas faces, que contemplam o patrimônio arqueológico e antropológico. De um lado, o Piauí – Brasil e do outro, do Alto Ribatejo – Portugal, duas regiões ricas em sítios arqueológicos. “A obra apresenta uma análise do Piauí e do Alto Ribatejo, fundamentada em pesquisas científicas, práticas culturais, marcadores identitários e registros iconográficos”, diz Marleide.
Na face Piauí – Brasil foram publicados os artigos “Identidades gráficas na arte rupestre do Parque Nacional Serra da Capivara”, de Anne-Marie Pessis, Daniela Cisneiros, Demétrio Mutzenberg; “Análise arqueométrica dos pigmentos das pinturas rupestres no Piauí - Piripiri, Piauí, Brasil”, escrito por Luís Carlos Duarte Cavalcante, Ruan Nery Gonçalves, José Domingos Fabris. O livro também contém os textos “Arte rupestre no município de Valença do Piauí – Brasil”, de autoria de Síria Borges e Zozilena Fróz; e “Arqueologia e Paleontologia na UFPI: um panorama dos estudos em desenvolvimento e novas perspectivas”, escrito por Maria Conceição Soares Meneses Lage, Sonia Maria Campelo Magalhães, Ana Clélia Barradas Correia e Jacionira Coelho Silva.
“O patrimônio antropológico e natural é contemplado por textos menores escritos por historiadores, sociólogos, antropólogos, turismólogos, comunicadores e agentes de cultura e são acompanhados de ensaio iconográfico assinado por vários fotógrafos como, Margareth Leite e Juscelino Reis”, afirma Marleide.
A obra é um convite para que o Piauí e o Alto Ribatejo, o Brasil e Portugal, se descubram profundamente através da suas complementaridades e diversidades. É um exemplo prático de como a aproximação entre várias áreas do saber pode agir em benefício da construção do conhecimento pelo viés da alteridade.
A obra foi produzida durante 13 meses e as pesquisas realizadas, em sua maioria, são baseadas em teses de doutorados dos autores e contempla a área antropológica, portanto aborda a cultura, o comportamento, agrupamentos e as relações sócias de Piauí – Brasil e Alto Ribatejo – Portugal.
O livro será distribuído para bibliotecas do mundo todo, pois o Instituto Terra e Memória é um centro superior de educação em arqueologia e atende aos centros educacionais de todos os continentes.
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