A Promotora de Justiça Denise Aguiar, que atua em defesa do meio ambiente, conduziu ontem (14/05) uma reunião sobre a construção do anel viário (rodoanel) em Teresina. O Ministério Público instaurou procedimento para apurar se existe estudo de impacto ambiental e analisar o possível comprometimento da Fazenda São Joaquim, imóvel que possuiria valor histórico. De acordo com a empresa responsável pelos trabalhos, os moradores não guardam sentimentos de identificação com o local. Os representantes alegam ainda que o trajeto originalmente definido é o mais viável, nos aspectos ambiental e financeiro.
O IPHAN, porém, reconhece o valor histórico e cultural do imóvel, e ressalta que devem ser tomadas medidas para diminuir os efeitos da construção sobre a propriedade. Para preservar integralmente a estrutura, deveria haver um deslocamento no eixo do rodoanel, de modo que a estrada passe por trás de um morro próximo. Mas a SETRANS (Secretaria Estadual dos Transportes) alega que essa alternativa não pode ser aplicada porque a região sugerida pelo IPHAN é uma área de brejo e algumas obras já foram concluídas.
Depois de aferir as informações, o Ministério Público decidiu que enviará equipe de perícias para avaliar o local. A vistoria será realizada no dia 17 de maio. No dia 21, será realizada uma nova audiência para apresentação de medidas que atenuem as consequências.
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