O Hospital Getúlio Vargas (HGV) atingiu o número de 64 transplantes de córneas apenas no primeiro trimestre de 2013. Esse é o maior índice nos últimos quatro anos. Em 2012, foram realizados 165 transplantes. O reflexo desse aumento é a queda na fila de espera por transplante no Piauí que, até o último mês de abril, ainda estava em 383 pacientes.
De acordo com a coordenadora de Regulação em Transplantes do Piauí, Lourdes Veras, o crescimento constante é resultado da instalação do Banco de Tecidos Oculares do Hospital Getúlio Vargas (BTOC), em maio de 2009, que permitiu ampliar o número de doações e transplantes de córneas no Estado, através do Sistema Único de Saúde (SUS). O Banco é responsável por captar, preservar e avaliar as córneas disponíveis para transplantes.
Para a coordenadora da Clínica Oftalmológica e do Banco de Olhos do HGV, Namir Santos, com a implantação do Banco houve uma otimização na captação e armazenamento das córneas doadas, o que possibilitou um melhor controle da qualidade dos tecidos oculares humanos disponibilizados para transplantes. “Sinto uma grande satisfação de ser parte da equipe do Banco de Olhos e de contribuir, juntamente com toda a nossa equipe de técnicos e médicos, para a diminuição da fila de espera para transplante de córnea. Objetivamos, num futuro próximo, zerar nossa fila. Hoje, o Banco de Olhos do HGV integra a rede do Ministério da Saúde por estar devidamente estruturado em conformidade com as exigências da ANVISA/MS”, explica Namir Santos.
A meta do HGV, segundo o diretor-geral, Carlos Iglézias Brandão, é colaborar para zerar a fila por transplante de tecido até o final de 2014, principalmente, através da continuidade da campanha de conscientização. Os números mostram a evolução das captações de córneas no Estado: foram registradas nove captações em 2008, contra 80 em 2009, 109 em 2010, 113 em 2011 e 114 em 2012.
Iglézias explica que as cirurgias de alta complexidade são realizadas na rede pública apenas no HGV, como os transplantes de córnea, cirurgias neurológicas, endovasculares e ortopédicas. O exemplo são as cirurgias de embolização de aneurismas, colocação de prótese de quadril e fêmur, cirurgias de coluna e outras. “O avanço tecnológico do HGV permitiu realizar cirurgias mais complexas num tempo menor; realizar diagnóstico precoce e procedimentos sofisticados na rede pública que antes somente eram realizados na rede privada”, finalizou.
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