A Rede Feminina de Combate ao Câncer lançou mais um projeto que beneficiará os pacientes em tratamento contra o câncer, em especial, as mulheres. Será oferecida gratuitamente para mulheres de baixa renda a técnica de Micropigmentação do Complexo Aréolo-Papilar, após a reconstrução da mama em pacientes mastectomizadas. O projeto foi apresentado através de uma palestra que contou com a participação do mastologista Dr. Pádua Filho, da esteticista Dirce Arcoverde, voluntárias da entidade e de mulheres que realizam tratamento contra o câncer.
Indicada pelos cirurgiões plásticos para reparar ou reconstruir a aréola mamária, a Micropigmentação possibilita através de técnicas avançadas a reprodução uniforme da cor e formato da aréola e do mamilo que desparece após a realização da cirurgia. A esteticista Dirce Arcoverde explica que a técnica consiste na implantação de pigmentos na camada subepidérmica da pele através do auxílio de agulhas e de aparelho especializado. “A técnica é eficaz em seus resultados e produz uma uniformidade na cor dos seios, deixando-o mais similar possível ao seio existente”, disse a esteticista que realizará o procedimento em sua clínica de forma voluntária para as mulheres.
O projeto terá início no dia 07 de maio e será oferecido gratuitamente para as pacientes atendidas através Sistema Único de Saúde (SUS). As interessadas em participar devem se dirigir ao serviço social da RFCC-PI, que fica localizado no Hospital São Marcos, centro de Teresina. Para o mastologista Dr. Pádua Filho, o método tem contribuído para restaurar a forma e as características que denotam beleza e harmonia a esse órgão, símbolo de maternidade, fertilidade e sexualidade feminina. “Queremos trazer a autoestima dessas mulheres de volta e proporcionar uma melhor qualidade de vida”, ressaltou.
Segundo a voluntária da RFCC-PI, Tânia Cardoso, a realização da Mastectomia causa uma série de transformações psicológicas nas mulheres por ser um dos maiores símbolos da feminilidade. “Muitas mulheres sentem dificuldades em se adaptar a sua nova imagem corporal após a cirurgia. Muitas delas ficam com a autoestima baixa por medo de não se sentirem atraente sexualmente. E foi a partir disto que pensamos em um projeto que pudesse proporcionar uma melhor qualidade de vida às pacientes”, destacou a voluntária que é coordenadora do projeto Alertar da entidade.
No Piauí, só no ano passado, foram 3.359 novos casos de câncer, sendo o de mama a tipologia de maior incidência. Em 2012, do total de casos da doença registrados no Estado, 504 foram câncer de mama.
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