O desdobramento de Trump retornando à Casa Branca nos Estados Unidos rendeu muito mais do que imaginaríamos. O país que atribuímos como o mais poderoso do mundo, conhecido pelo que protege a liberdade como preceito fundamental de sua constituição, é palco de uma enxurrada de catástrofes humanitárias com a posse do novo presidente e a atuação de seus apoiadores.
Na imensa lista de atentados contra a população, não só americana, mas mundial, a pior delas com certeza é ressuscitar o culto ao Nazismo. Estas pessoas estão tão perdidas em suas ideologias que devem ter confundido alguma parte da história que foi exatamente quando Estados Unidos lutou contra a Alemanha Nazista junto aos países aliados na Europa na Segunda Guerra Mundial, colocando um fim nessa fase vergonhosa da história da humanidade em que houve um massacre em massa de judeus – os mesmos judeus que ajudaram a construir os Estados Unidos.
A própria Alemanha se envergonha dessa lacuna em seu passado e estabelece em Lei que qualquer pessoa seja presa, dentro do território alemão, caso seja flagrada fazendo a saudação nazista, como Elon Musk fez na posse de Donald Trump. Para mim os EUA devia ter uma lei semelhante ou pior.
O debate sobre o culto ao Nazismo e a todas as bandeiras que o presidente americano e seus aliados é muito mais amplo. Temos visto cada vez mais o papel dos ‘líderes’ em nossa sociedade, que em vez de informar, têm disseminado ódio aos seus seguidores, declarando uma verdadeira guerra civil.
Em apenas uma semana vimos várias pessoas na Internet declarando seu apoio ao Nazismo, ao Fascismo, ressuscitando estes fantasmas que levamos décadas para enterrar em nome das vítimas e do respeito à pluralidade dos povos.
Trump ressuscita ainda políticas extremamente conservadoras, como a ‘existência’ de apenas dois gêneros: masculino e feminino, ignorando pessoas LGBTQIAPN+, encerrando qualquer política de identidade de gênero ou afirmação racial. Prometeu que vai encerrar a política de combate às Fake News e discurso de ódio online, além de acabar com o direito de cidadão americano por nascença.
Em outras palavras: Seja nos Estados Unidos, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, Trump e seus aliados estão dizendo para as pessoas intolerantes que elas têm o poder de destratar alguém. Quando Trump estava no poder em 2017, os ataques por razões de etnia, origem, religião, sexualidade, gênero ou necessidades especiais aumentaram 17% em relação a 2016. O discurso de Trump e seus apoiadores dá carta branca às pessoas que se acham no direito de violar o espaço e a integridade do outro.
Na esteira do Século XXI, onde deveríamos estar conscientizando as pessoas de que elas devem respeitar as diferenças de povos, de uma nação, de várias nações e trabalhar para que o mundo abrigue a população mundial existente hoje e receba nossos filhos, netos e bisnetos, Trump decidiu caminhar do lado oposto.
E o pior. Os apoiadores da extrema-direita no Brasil, que até semana passada odiavam a cor vermelha, agora usam bonés, camisas e tudo o que podem desta cor que faz referência ao seu ídolo magnífico e seus apoiadores, adoradores do Nazismo e curiosamente que odeiam os latinos, os brasileiros, os negros, as pessoas não estão no círculo dos brancos e bilionários como como Elon Musk e Mark Zuckerberg, barrados na posse de Trump, vendo a transmissão no inverno rigoroso de Washington DC, fazendo a festa com o dinheiro público, como a deputada Carla Zambeli e seus parceiros. Este é o retrato do que temos para hoje.
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