O ano começou com diversas especulações e Fake News sobre a nova regra da Receita Federal sobre monitoramento das transações na modalidade Pix. Como tudo no Brasil e no Mundo, com o advento da Internet, que deveria ser considerada a segunda era do Iluminismo para a humanidade, com a capacidade de informações que ela pode propor para nós, vivemos um caos sem limite de especulações, mentiras e farsas absurdas.
Do dia para a noite um trilhão de informações de que as transações PIX seriam taxadas pelo Governo Federal caíram na rede mundial de computadores, confundindo a população, pregando mentiras e prejudicando uma parcela considerável de brasileiros que deixaram de comprar, vender ou negociar com a modalidade online por medo de pagarem taxas para o Governo. O caos foi tanto que a Receita Federal revogou o ato.
O mais entristecedor é que esse tipo de mentira é pregada por pessoas do mais alto escalão, com interesses políticos fortes e que não se preocupam nem um pouco com a população. Eles não querem saber se o seu Francisco, do comércio da esquina, vai deixar de vender e receber a compra da dona Maria: o arroz, o feijão, a banana, por medo de serem taxados. Sendo que eles não são o alvo da fiscalização do governo.
As transações bancárias sempre foram e serão monitoradas, ainda mais do cidadão comum que recebe seu pagamento com RG e CPF, dinheiro contato e salário mínimo. Quem faz a transação de mais de R$5 mil por mês são pessoas que realmente têm um volume muito maior de renda transitando. Ademais, pessoas que já declaram a renda todos os anos e têm sua verba devidamente comprovada não têm o que temer perante a Receita Federal.
Em nota, o órgão explicou que as instituições financeiras deviam reportar apenas os valores consolidados de operações sem a identificação de beneficiários ou natureza das transações. Eu e você não temos renda sem identificação de beneficiários ou fontes.
O Brasil deixa de arrecadar anualmente R$417 bilhões com impostos. E esse não é o dinheiro da venda do seu Francisco ou do salário da dona Maria, que movimentam a economia local. São impostos sonegados por empresas de grande porte que não declaram as receitas. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o faturamento não declarado das empresas anualmente é de R$2,33 trilhões – cálculo feito com base nos autos de infrações emitidos pelos fiscos federal, estaduais e municipais.
Muitos alegam que não pagam impostos devido à corrupção. Mas uma coisa não tem muita relação com a outra. O combate à corrupção deve ser feito de outras formas, com o fortalecimento das instituições de controle, como o Ministério Público, a própria Receita Federal, a Polícia Federal, os Tribunais de Contas, e a fiscalização popular. Muitos casos de corrupção vieram à tona por conta de denúncias populares, podemos dar o exemplo dos cargos de nepotismo, caso em que os políticos empregam os familiares ilegalmente.
O Brasil é um país relativamente jovem quando se comparado a muitos outros países e apresenta muitos problemas sociais e econômicos, é verdade. Mas há muitos avanços neste país, como o próprio PIX, que facilitou a transação comercial de muitas pessoas. O que atrasa demais a vida dos brasileiros são as mentiras pregadas por quem não quer ver seu povo prosperando. É um atraso gigantesco ver políticos e seus seguidores espalhando inverdades em nome de disputas políticas em que quem menos importa é o povo.
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