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Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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contato@acessepiaui.com.br

15/10/2024 - 05h59

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15/10/2024 - 05h59

O Paz de Deux do Coringa

 

 

Lady Gaga como atriz é uma ótima cantora; Joaquin Phoenix como cantor é um excelente ator. Foi realmente um delírio a dois o que protagonizaram na nova sequência de Coringa, da Warner Bros, dirigida pelo mesmo Todd Phillips. 

O suspense musical foi bem intencionado, bem produzido, mas não convenceu. 

A eletrizante surpresa do 1º Joker não se seguiu. Até entendi a intenção metaficcional, no tratamento dado à sequência, a construção da personagem permitiria isso, considerando as peculiaridades psíquicas de Arthur Fleck. no entanto, o arrojo possível não apareceu, sobraram os clichês hollywoodianos dos filmes de tribunais, de cenas de presídios, tudo dentro da velha cartilha. 

As performances à Broadway, receita dada à película, ficaram sem contorno (coitado do Phoenix tentando sapatear…); Gaga sabe fazer entretenimento, quando canta se garante, mas a dramaticidade ficou estranha, era pra rir? assim como a performance irônica e histriônica do 1º Joker de Phoenix perdeu-se na nova coreografia. 

Saí da sala de cinema com a certeza de que diretor e roteirista tiveram a intenção deliberada de desapontar o público, quebrar a expectativa heróica, ou mesmo anti-heróica dada ao personagem Joker. Por mim, conseguiram.

*****
Feliciano Bezerra é professor doutor da UESPI - nas redes sociais.


 

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