A Central de Cooperativas de Cajucultores no Estado do Piauí (Cocajupi) realizou, nesta quinta-feira (7), a exportação da terceira remessa de uma exportação total de 25,4 toneladas de castanha de caju para a Itália. A venda totalizou um valor de R$ 700 mil, cuja entrega foi feita em três remessas.
A operação é fruto de uma parceria da Cocajupi com a Cooperativa Chico Mendes, que é italiana e que preconiza a economia solidária e sustentável. De acordo com o diretor-presidente da Cocajupi, Jocibel Bezerra, o produto é entregue embalado, a vácuo, para ser vendido no comércio na Itália.
“A gente está concluindo esse contrato agora. Ele foi dividido em três remessas e agora estamos mandando a última. O total do contrato foi de 1.120 caixas de amêndoas, é a amêndoa já processada, são 25,4 toneladas. A castanha in natura é, de aproximadamente, 132 toneladas”, explica Jocibel.
O contrato foi celebrado em 2023 e finaliza agora em março de 2024, com esta entrega. Foi feita uma primeira entrega de 200 caixas, a segunda, foi de 450 e a atual, de 470 caixas. Em cada caixa, vai um saco com 22,6 kg, o que corresponde a 50 libras.
A castanha de caju é entregue após o processamento de corte, despeliculagem e seleção. Depois disso, é feito o embalamento a vácuo. Ainda conforme Jocibel, essa é uma das maiores entregas já feitas - a maior ocorreu antes da pandemia, de 500 caixas. Um novo contrato está sendo firmado e deve superar as 25,4 toneladas.
A Coocajupi conta, atualmente, com aproximadamente 120 agricultores familiares que atuam com a cajucultura. A cooperativa recebe o material e faz beneficiamento da castanha e do caju.
A exportação promete incrementar a renda dos agricultores familiares que fazem parte deste processo. “Tem um incremento na renda. A cooperativa já é um negócio, tem um lado social e como negócio, vem melhorando significativamente a vida do agricultor”, citou Jocibel.
A Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) tem investido em ações que fortaleçam a cadeia produtiva da cajucultura do Piauí. Para a secretária Rejane Tavares, a exportação feita pela Cocajupi é motivo de comemoração por representar a recuperação do setor após a pandemia.
“Estamos comemorando essa retomada das exportações de castanha diretamente pela Cocajupi e a gente vê que é um sinal de que o setor começa a se recuperar e que as nossas cooperativas começam a se rearticular com o mercado após o período da pandemia”, ressaltou a secretária.
A secretária Rejane Tavares pontuou ainda o trabalho da SAF em ações para facilitar o contato com os mercados e para o fortalecimento da cajucultura com o programa de distribuição de mudas.
“A SAF vem trabalhando no sentido de abertura de mercados, de encontrar novas formas de comercialização da produção, tanto de caju como de mel, que são as cadeias produtivas mais importantes do Piauí vinculadas à agricultura familiar. A gente tem apoiado muito no sentido de renovação do processo produtivo, com a entrega de mudas de caju, esse ano conseguimos fazer a entrega de 400 mil mudas de caju, que é um aporte significativo para fortalecer o processo produtivo”, finalizou.
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