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05/12/2023 - 09h38

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05/12/2023 - 09h38

Nego Bispo nos reconectou com nossas ancestralidades

 

Nego Presente! Nego Bispo Vive! (Foto: Guilherme Fagundes)

 Nego Presente! Nego Bispo Vive! (Foto: Guilherme Fagundes)

Conheci o Nego Bispo  na década de 1990, sempre foi bom de debate. Ficava observando a forma didática e profunda dele falar, encontrava na ação dele coisas parecidas ao meu pai que também era agricultor, lavrador da terra, eu era puxador de boi. 

Ele trazia a pluriversalidade quilombola, indígenas, sertão, semiárido, matas da caatinga, marmeleiro, grão-de-galo, mufumbo, mata-pasto para dentro de nós. 

Nego Bispo nos reconectou com as nossas ancestralidades. A vó Joana dele era igual a minha vó Tarcila Rodrigues - do Casange, município de Simplício Mendes, que morava no Costa atualmente Paes Landim-PI - colocava um facão nos quartos e ia para roça. 

Obrigado Nego Bispo pelos saberes compartilhados… Ficaremos com suas sábias palavras “Somos povos de trajetórias, não somos povos de teoria. Somos da circularidade: começo, meio e começo. As nossas vidas não têm fim. A geração avó é o começo, a geração mãe é o meio e a geração neta é o começo de novo.” 

Nego Presente! Nego Bispo Vive!

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Jonas Moraes é professor da UFMA - nas redes sociais. 

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