Gosto de livros, esses objetos transcendentes, como bem disse Caetano Veloso numa canção chamada exatamente “livros”. Em meus aniversários sempre ganho-os, e este ano não foi diferente, dentre alguns recebi, de meu amigo Viriato Campelo, esse opúsculo do Geraldo Brito. E como Viriato é o editor, meu exemplar chegou-me em primeira mão, antes mesmo do lançamento, marcado para dia 14 de novembro, na efeméride dos 70 anos de Geraldo, com grande show no cine teatro da UFPI.
Trata-se de uma reunião de crônicas, antes lançadas no Facebook, essa nova modalidade de folhetim. Geraldo é um cancionista e ativista da canção a toda prova, com uma memória lancinante escreve de modo afetivo, recuperando acontecimentos pessoais no envolvimento com a música e com os afetos que ela nos encerra. São crônicas agradáveis, curiosas e recortadas no espelho, e, diferentemente de Borges, Geraldo não teme o reflexo que o espreita e conta tudo, de fatos prosaicos a vastas emoções e pensamentos rarefeitos.
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Feliciano Bezerra é professor doutor da UESPI - nas redes sociais.
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