O governador Rafael Fonteles lançou nesta terça-feira (10), no salão azul do Palácio de Karnak, o Pacto pela Redução de Acidentes no Trânsito, que consiste num trabalho em conjunto com diversas secretarias para atuar tanto na fiscalização como na prevenção e conscientização das responsabilidades no trânsito.
O Pacto Estadual está em consonância com o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que orienta os gestores de trânsito dos estados a implementarem ações que objetivam a redução de mortes e lesões no trânsito, alinhados com a Nova Década de Segurança no Trânsito da ONU. No Piauí, o objetivo é reduzir em até 50% o número de mortes no trânsito até 2030.
O governador Rafael Fonteles apontou que o trabalho para a redução da violência no trânsito deve ser feito em consonância com diversos órgãos e entidades para ter um efeito concreto. “Nós perdemos mais vidas no ano passado para os acidentes de trânsito do que para os homicídios. É claro que esse é um tema que preocupa muito o poder público e não podemos ficar parados. É uma política pública de baixo investimento, mas precisa da integração de diversos órgãos, por isso a ideia do pacto para envolver várias entidades, do governo ou não, para a gente reduzir até 2030 a metade desses índices de morte por acidentes de trânsito”, explicou Fonteles, que apresentou dados colocando os usuários de motocicletas como as principais vítimas de acidentes de trânsito.
“Os acidentes com motocicletas representam 70% dos indicadores. No ano passado, ao todo, foram 869 vidas perdidas, é o terceiro maior índice do país e no caso da motocicleta é o maior do país, quase o dobro da média nacional. Então é algo muito grave, nós precisamos virar essa página, trabalhar forte na educação, na sinalização das vias, na infraestrutura mas especialmente na fiscalização forte na capital e no interior do estado”, defendeu Rafael.
O pacto se sustenta em três pilares: tornar o índice de óbitos por 100 mil habitantes menor que o índice brasileiro (14,98); aumentar a municipalização do trânsito (quando o município assume todas as responsabilidades por seu trânsito urbano, como administrativo; engenharia, educação, sinalização etc.); subindo de 12 municípios para 64 até 2030 e por fim, aumentar em 40% o número de pessoas com CNH efetivas.
A diretora-geral do Detran, Luana Barradas, conta que o órgão atuará fortemente na fiscalização e educação dos condutores piauienses. “O Detran participa dos 4 pilares do pacto e tem uma importância gigantesca, principalmente, no que diz respeito a uma política pública, a gente vai reduzir principalmente na ponta, que é a saúde, onde se tem um gasto absurdo. O órgão terá ainda uma atuação forte na fiscalização e também vai dar condições para o nosso condutor, principalmente os mais carentes, possam andar habilitado”, finalizou a gestora.
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