Este foi o tema da conversa, no Salipi, com a escritora recifense/paulista Marilene Felinto e o escritor paulista Luís Francisco Carvalho. Ao longo do diálogo tratamos também de seus mais novos livros lançados: “Mulher Feita”, de Marilene, uma reunião de contos vigorosos, onde a mulher, a memória, a relação com a escrita e o imaginário ganham enlace numa espécie de poética do conto; a novela “Newton”, de Luís Carvalho, é uma narrativa experimental, curiosa especulação em torno da angústia da identidade, Newton é um personagem que não aceita ser identificado diante de qualquer institucionalidade, uma tensão kafkiana em sua configuração.
A 21ª edição do Salão do Livro do Piauí, de modo geral contemplou esse possível recorte entre o literário e a diversidade, com a presença de autores e autoras como Djamila Ribeiro, Itamar Vieira Júnior, Daniel Mundurucu, João Moreira Sales, Ana Maria Gonçalves, João Silvério Trevisan, Micheliny Verunschk…
Evidente que na tradição literária brasileira já exista esse tipo de estratificação, mas não com a acentuação de agora, com os arranjos teóricos e os engajamentos vistos. São necessários, como é necessária a literatura.
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Feliciano Bezerra é Professor Doutor da UESPI - nas redes sociais.
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