Hoje (15.08) vocês tiveram uma experiência de um apagão no setor elétrico imprevisto, não foi? Sem falar nas altas temperaturas projetadas para até o final da tarde de hoje (15), que podem alcançar a marca de 35ºC em Teresina e outras regiões do Nordeste.
Nesse momento, poderíamos encontrar abrigo nos centros comerciais ou viajar 380 km para o litoral norte do Estado do Piauí. Outra opção seria os shopping centers, onde são disponibilizados geradores de energia para fugir do calor escaldante. Mas esperem aí! Viajar para o litoral teríamos um outro problema: a necessidade de combustível. Todavia as bombas de combustíveis (que são eletrônicas dependem de energia elétrica) não funcionariam. Embora as operadoras de celulares se mostrem inoperantes, isso impossibilitaria o acesso às plataformas bancárias para abastecimento. Além disso, outros instrumentos financeiros como máquinas de cartão, Pix, bem como sistemas bancários em geral, estariam inativos devido à falta de energia elétrica.
É uma reflexão oportuna, trazendo à tona um debate para a sociedade: de maneira consciente ou não, nossa dependência tecnológica torna-se evidente e real com um sistema que revela sua vulnerabilidade em meio a circunstâncias como essa. O que eu quero dizer com isso? Que possamos levar como um alerta. O mais grave de tudo isso é que o governo anterior privatizou e entregou nas mãos de aves de rapina a Eletrobrás.
Em nenhum país do mundo negocia-se setores considerados estratégicos, como no caso o de energia. Nesse sentido, enfrentamos um dilema, pois em situações como essa estamos totalmente despreparados para responder adversidades, como catástrofes ou fenômenos relativos ao campo magnético do sol, que vêm sendo amplamente discutidos pela ciência e podem potencializar o caos na terra.
Investir em alternativas energéticas, como a energia solar e a energia eólica, surge como uma necessidade urgente. Estimular sua adoção não deveria se restringir às esferas mais privilegiadas da sociedade, mas sim objetivar o acesso às demais classes sociais, viabilizando-as em termos de custo-benefício para sua aplicação.
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Marcio Felipe Rocha, jornalista - nas redes sociais.
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