Para mim, voltar a Oeiras é sempre uma grande alegria. Além de rever e abraçar amigos, posso testemunhar as conquistas que ali se realizam na área da educação. Como participante do Programa de Educação Continuada da SEDUC, estive na velha capital, neste final de semana, conversando com meus colegas professores. Voltei com a sensação de que aprendi mais do que ensinei.
De tudo o que vi (e não foi pouco!), o que mais me impressionou foi o número de alunos – 1200 – participando de atividades artísticas nas escolas. A molecada está estudando música, dança, capoeira e, agora, artes plásticas. Os resultados são extraordinários.
Confesso que fiquei emocionado com a performance musical de Mateus, um garoto de 12 anos de idade, que toca sax como gente grande. Acompanhado por outro garoto, Jorge, brindou-nos com os clássicos da bossa nova, com incrível desenvoltura. Fiquei tão entusiasmado que já convidei a dupla para apresentar-se na solenidade de abertura da 21ª edição do SALIPI no dia 11 de agosto.
Oeiras está invertendo a prática secular e cruel de só oferecer opções pobres para crianças pobres. A molecada está tocando flauta, bandolim, violão, sax, clarineta etc. Sob a batuta da professora Tiana Tapety, a educação em Oeiras tornou-se uma referência no país.
Seria bom que os demais municípios piauienses imitassem o exemplo de Oeiras: os alunos perceberiam que educação pode rimar com alegria. Assim seja.
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Cineas Santos é professor, escritor, poeta e produtor cultural - nas redes sociais.
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