Essa pintura é uma obra de Innocenzo di Pietro Francucci, também conhecido por Innocenzo da Ímola, um pintor italiano que viveu entre 1490 e 1550. A mulher retratada é Vannozza dei Cattanei, também italiana, que poderia passar despercebida se não fosse por um aspecto bastante peculiar: ela foi uma das muitas amantes do papa Alexandre VI e teve com ele quatro filhos, dentre os quais a bela Lucrécia Bórgia, mulher que abalou muitos corações. 

Lucrécia tinha os cabelos dourados como os da mãe e caídos em cachos sobre os ombros, o que a emprestava uma beleza ímpar na Corte papal, servindo como moeda de troca. Teve três casamentos arranjados, para reforçar o poder de sua família, muitos amantes e casos incestuosos com o irmão César Bórgia e com o próprio pai. 

Comentavam as más línguas palacianas da época que um de seus filhos, chamado Giovanni, era de seu próprio pai, enquanto outros afirmavam ter sido do irmão. Há também os que defendiam que essas histórias eram invencionices dos inimigos da família Bórgia. Mas o cerimonialista do papa, Johann Burchard, escreveu um diário sobre a Corte do pontífice, contando coisas cabeludas... E eu li esse diário...

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Eneas Barros, escritor piauiense - nas redes sociais.