No poema "O Golen", Jorge L. Borges afirma: "O nome é o arquétipo da coisa". Em defesa de sua afirmação, o velho poeta invoca os gregos.
Ao que importa: aprendemos desde sempre que a palavra POTI era usada para designar camarão-de-água-doce. Dileta amiga me manda algo estarrecedor: na Gramatica Tupy, de R. Barista Aragão, o filólogo afirma que, em tupy, POTI é verbo, verbo defecar. "xe poti - eu defeco".
Falta-me autoridade para confirmar ou negar. Mas é indiscutível que transformamos o Rio Poti num escoadouro de efluentes indesejáveis, ou seja, um depósito de merda.
Convém escutar os poetas.
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Cineas Santos é professor, escritor, poeta e produtor cultural - nas redes sociais.
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