Meus amigos, se vivo fosse, meu avô Fontes Ibiapina estaria completando nessa quarta, 14 de junho, 102 anos de vida. Ele nasceu no dia 14 de junho de 1921 e faleceu no dia 10 de março de 1986. 

Quando eu era mais novo, menino adolescente, costumava frequentar sua vasta biblioteca de 7 mil volumes. Com certeza, veio dele o meu interesse pelos livros. Quando eu estava ao seu lado, vendo-o escrever e folheando os seus livros fantásticos, ele sempre me pedia para localizar algum título nas prateleiras. Era um prazer, mergulhar naquele mundo sem fim. 

Um dos meus livros preferidos em sua biblioteca era “Pequeno Anedotário da Academia Brasileira de Letras”, de Josué Montello, se não me engano, publicado em 1965. 

Eu costumava passar muitos dias em sua casa, no bairro Porenquanto. Por lá transitava muita gente, e eu brincava com meus tios Ariosto e Aristóteles e mais os agregados ou algum menino que Fontes Ibiapina trazia do interior, para estudar na capital. 

Era uma casa alegre, de vida saudável e de costumes simples. Essas lembranças me fazem bem. Por isso eu escrevo. 

Inclusive, em sua homenagem escrevi o livro “Nonon, o menino da Lagoa Grande”, editado pela Nova Aliança. 

No dia do seu aniversário de 102 anos, eu lembro de meu avô com carinho e com saudade eterna.

*****
Eneas Barros, escritor piauiense - nas redes sociais.