O 17? Festival de Inverno de Pedro II-PI, ocorrido no período de 8 a 11 de junho, foi encerrado no último domingo com chave de ouro.
O paraibano de Catolé do Rocha Chico César fez uma apresentação pra lá de empolgante. Com sua banda que ele qualificou como macho-fêmea porque na mesma três mulheres a compunham. Uma saxofonista/flautista, uma percussionista e uma baixista. Foi o ponto alto dentre todas as demais atrações do festival o show de Chico César. As demais cada uma com seus respectivos destaques.
Mas Chico e César é Chico César. Um artista politicamente engajado. Em sua apresentação dois pontos me chamaram a atenção. O primeiro foi a fala um tanto quanto discreta. O outro deve ter passado despercebido pela talvez quase totalidade dos presentes.
E retornando ao primeiro ponto em meio a sua apresentação pediu menos fotos por parte dos presentes. Com a popularização dos smartphones todo mundo pode dispor e ter em mãos uma máquina fotográfica e uma filmadora. Isso faz a festa dos fãs. Em todo e qualquer show por este mundo afora. Irreversível isso. Talvez não seja tão bom para o artista que está no palco que ao invés de rostos vê celulares e celulares.
O outro ponto que poucos certamente perceberam na figura do artista engajado politicamente foi a presença de um adesivo que rememora a recente campanha eleitoral para presidente da república. No braço do violão estava um adesivo com a face do então candidato e hoje presidente do Brasil Lula.
"Cães danados do fascismo/Babam e arreganham os dentes/Sai do ovo a serpente/Fruto podre do cinismo/Mas nós temos a pedrada pra jogar/A bola incendiária está no ar/Fogo nos fascistas/Fogo, Jah!" Pedrada. Um vocativo. Um chamamento.
Valeu Chico César!
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Herivelto Silva Cordeiro, servidor público federal - nas redes sociais.
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