Entre 2015 e 2022, testemunhei a metamorfose de anjos de candura em monstrinhos, um fenômeno que não é desconhecido nas páginas da história, onde se espera capacidade reflexiva ou uma releitura dos nossos atos.
Infelizmente, uma parcela da sociedade mergulhou nos extremos, rastejou na superfície da ignorância e na falta de perspectiva. Grupos hostis que defendiam opiniões extremas, como nacionalistas, xenofóbicas, racistas, fundamentalistas religiosos, ou outras opiniões reacionárias, têm crescido no mundo, sem perceber que estão contribuindo para ampliar as desigualdades, baseados no engodo político do tradicionalismo.
O caos promovido pela pandemia acelerou ainda mais essas mudanças diante das novas tecnologias e do aumento das mazelas. Quem tinha dinheiro ficou mais rico e quem não tinha ficou mais pobre. Karl Marx previu tudo isso em seus estudos.
Essa constatação me leva a refletir sobre o pensamento do filósofo Sócrates, que defendia a importância do conhecimento e da autoreflexão como instrumentos para uma sociedade justa, construtiva e civilizada.
A capacidade reflexiva reduz a barbárie como instrumento do caos.
Podemos ser construtivos e moderados numa nação onde todos podem evoluir de forma civilizada.
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Marcio Felipe Rocha, jornalista - nas redes sociais.
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