A recomendação aos pais para revistarem as mochilas dos filhos adolescentes antes da saída para a escola me causa tristeza.
Se essa é uma medida necessária para prevenir atentados ou outros tipos de violência nas comunidades estudantis, a relação pais e filhos simplesmente fracassou. Desandou para a desconfiança, o medo, o pânico.
Por outro lado, se o filho planeja um atentado, de que adianta revistar a mochila? Sabendo que sofrerá esse baculejo policialesco em casa, não será um vacilão.
Estamos num mundo de comunicação imediata, pelas redes sociais. Estímulos ideológicos fanatizadores estão por aí, alguns pregando o ódio e a exclusão do outro que escapa ao "meu jeito de ser" (o fascismo, por exemplo. Dou o nome da coisa).
Não irei revistar a mochila do meu único filho. O fascismo não tem espaço entre nós. Dialogo, debato, falo e ouço. Inclusive perguntarei a ele o que acha dessa medida preventiva de revistar a mochila dele.
Aguardo uma confiável boa risada.
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