Em 1995 eu já estava residindo no Rio de Janeiro. Eu fui para passar dois meses e acabei ficando até o ano 2000. Á cidade já se preparava para o Natal e ano novo e começava a ficar enfeitada, sobretudo Copacabana onde eu morava ou mais exatamente o Bairro Peixoto que fica dentro de Copacabana.
Os jornais começam a divulgar o show que aconteceria na praia de Copa na chegada do ano novo. Vejam só que timaço: Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Gal Costa e Paulinho da Viola. Querem mais? Éramos muita qualidade para um palco só. Tudo isso regido pelo maestro Jaques Morelembaum.
É chegada a véspera e alguém me avisa que haveria uma passagem de som às 20hs no local do show, em frente ao Copacana Pálace. Fui direto para lá e logo eles começam a passagem do som. Já foi o suficiente para mim. Poderia nem ter assistido ao show, aquilo para mim já me satisfez.
É chegado o dia e hora do show. A praia super lotada e teve início o show zoações. Cada artista fazia sua parte individual e também em duo. O show era uma homenagem a Tom Jobim, que falecera no ano anterior em 1994. Algo igual, acho que somente um show do próprio Tom, como os que vi por duas vezes em 87 é 92.
Semana após esse evento veio a notícia nos jornais, de que, Caetano, Chico, Gil, Gal e Milton, haviam recebido cada um, 100 mil de cachê. E Paulinho da Viola recebeu somente 30 mil. Pura sacanagem, ao meu ver, da produtora do evento que combinou com os outros que seria 100 mil. Já com Paulinho da Viola, ela ligou perguntando quanto era o cachê dele, no que ele respondeu (sem saber o valor que os outros receberiam) que era 30 mil em datas que não fosse o reveillon.. Tava na cara que houve armação com ele.
E como diria o próprio Paulinho em sua canção: "SAMBISTA NÃO TEM VALOR NESSA TERRA DE DOUTOR".
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Geraldo Brito é Músico, Cantor e Compositor - nas redes sociais.
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