Mais de 200 trabalhadores foram resgatados das vinícola Aurora, cooperativa Garibaldi e Salton, além de outros produtores rurais, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Eles estavam submetidos ao trabalho escravo e denunciaram, depois, que eram extorquidos, ameaçados, agredidos e torturados com choques elétricos e spray de pimenta.
Os trabalhadores "pertenciam" a uma empresa que comercializa mão-de-obra, a Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde. Por outro lado, a explicação dada pela entidade que representa os produtores de vinho é que tal situação está relacionada à dificuldade de encontrar pessoas para trabalhar na colheita da uva.
Mais um capítulo da incrível escalada da precarização do trabalho que nos envergonha à todos e que encontra respaldo numa mentalidade medieval que se alastra de forma assustadora.
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Francisco Edison Sampaio é Engenheiro de Segurança do Trabalho e professor - nas redes sociais.
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