A posição de destaque em Educação do Piauí no cenário nacional é um dos aspectos ressaltados da quinta edição do estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) (www.desafiosdosestados.com.br), que avalia os Estados com a melhor entrega de serviços à população.
O estudo, elaborado pela Macroplan, consultoria especializada em cenários futuros e gestão pública, avalia a situação dos estados no período de uma década e mapeia os desafios que se apresentam para 2023.
A edição atual revela que o governo de Rafael Fonteles terá entre seus maiores desafios avançar em Capital Humano, Saúde e Desenvolvimento Econômico. Nestas áreas o Piauí ocupa a 27ª, 26ª e a 22ª posição, respectivamente.
Para definir a situação dos Estados, a Macroplan utiliza o Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), que abrange um conjunto de 31 indicadores de 10 áreas de resultado – educação, saúde, segurança, juventude, capital humano, infraestrutura, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, condições de vida e institucional – sintetizadas pelo Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), o qual varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do estado. O Piauí exibe uma pontuação do IDGE de 0,400 e está posicionado na 20ª posição no ranking geral. Na última década, o Estado avançou 3 posições no ranking geral do DGE.
Avanços
A Educação foi a área com a melhor avaliação no Piauí na década e no período recente. Enquanto os anos de pandemia foram marcados por retrocessos no indicador nacional de acesso a creches, com a esmagadora maioria das unidades da federação registrando queda entre 2020 e 2021, o Piauí revelou a segunda maior evolução desta taxa (+4,4 p.p.) no cenário nacional.
Também em 2021 o Piauí estava próximo de universalizar o atendimento em pré-escola, com 97,1% das crianças com 4 e 5 anos matriculadas. O estado também registrou um dos maiores avanços na proficiência do Ensino Médio (+0,4 pontos)
Desafios
O diretor da Macroplan e coordenador do estudo, Gustavo Morelli, destaca que nos próximos quatro anos o governo federal terá pouco espaço para ampliar transferências voluntárias de recursos, tanto pelas restrições orçamentárias, quanto pela disputa legislativa crescente pela destinação desses recursos. “Aos governadores e suas equipes será demandado maior robustez e seletividade na definição de estratégias que contribuam para fazer avançar a capacidade de entrega dos governos”.
Ele ressalta que as receitas próprias dos Estados devem iniciar 2023 pressionadas, em decorrência das desonerações promovidas pelo governo Federal em 2022 como, por exemplo, de combustíveis e energia.
Segundo Adriana Fontes, coordenadora do estudo, as lideranças políticas precisam assumir um forte protagonismo na priorização de estratégias que possam fazer os Estados avançarem, evitando ações fragmentadas e a dispersão dos recursos e esforços que produzem baixo impacto. “Os desafios que estão postos para os próximos anos demandam um salto de patamar na gestão, inovações na forma de executar as políticas públicas e uma estratégia de desenvolvimento coordenada para melhoria dos indicadores socioeconômicos”, conclui.
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