Para muitos dos que foram hoje (1º) à Esplanada dos Ministérios acompanhar de perto a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, a passagem de 2022 para 2023 representa mais do que a transição de um ano para outro. Representa a retomada de um caminho que, segundo eles, foi interrompido há quatro anos, na busca por um país mais justo e que respeita os direitos de seus cidadãos.
Muitos dos presentes percorreram centenas ou milhares de quilômetros para participar deste momento histórico que marca o retorno de Lula ao Palácio do Planalto pela terceira vez. Lideranças indígenas, de religiões de matriz africana, do movimento LGBTQIA+, pessoas com deficiência, movimentos sociais, e outros grupos se disseram excluídos das prioridades do governo federal, até então.
À Agência Brasil essas lideranças manifestaram otimismo em relação ao governo Lula que, a partir de hoje, segue uma nova trajetória.
A Mãe Baiana Adna Santos, de 60 anos, é coordenadora da Rede de Saúde Afrodescendente (Renafro), e disse que sua expectativa é a melhor possível: “eles [os Orixás] me garantiram essa boa notícia. O comando está com Exu, Iansã e Iemanjá, e eles disseram para virmos aqui hoje, e que o Brasil está sendo vigiado por todos os lados. Lula está no poder e nós estamos com ele”, disse a mãe de santo.
O babalorixá da Organização do Povo Guerreiro Joel Oxalá confirma o otimismo manifestado pelos orixás. “Lula é de Xangô, e Xangô me disse que 2023 será um ano de justiça e de fazer todas as intervenções que foram deixadas de lado pelo governo passado”, disse. Segundo ele, neste 1º de janeiro, com liberdade de expressão e democracia, o olhar do governo voltou focar “as minorias que ficaram excluídas ao longo dos últimos anos”.
“Tenho certeza de que este será um governo de respeito aos grupos que formam a diversidade e as tradições desse país, após anos de retrocessos, racismo, intolerância e perseguições”, disse ele.
Estamos aqui por uma causa nobre em defesa das comunidades tradicionais, dos quilombolas, dos povos indígenas e de tradição africana, e pela cultura popular em geral. Quem ganha com isso é o Brasil porque quem faz o país crescer é o povo que está na ponta”, acrescentou.
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