Há poucos dias, em Domingos Mourão, ouvi uma cidadã falar do conterrâneo, Mestre Expedito, com justificado orgulho. Limitei-me a dizer: para mim, Mestre Expedito traduz a ideia que tenho de santidade. Era um puro, na acepção plena do termo.
Escultor, pintor, também tocava sanfona e escrevia versos. Dir-se-ia um menino arteiro que se descobre capaz de fazer alegres reinações. Para o público em geral, era “um mestre santeiro”; para o embaixador Alberto da Costa e Silva, “um dos pintores naïfs mais importantes do Brasil”.
Expedito Antonino dos Santos, cujas obras estão espalhadas pelo mundo inteiro, sai de cena no momento em o Brasil chora o fracasso de uma seleção recheada de “estrelas”. Com seu ar de santidade, Mestre Expedito sai de cena deixando como legado uma obra de inigualável beleza e inesquecíveis lições de humildade.
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Cineas Santos é professor, escritor, poeta e produtor cultural - nas redes sociais.
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