Alfabetizar as crianças e adolescentes filhos das famílias migrantes refugiadas indígenas venezuelanas da etnia Warao, acolhidos pelo Brasil e residentes em Teresina, com o intuito de realizar a inclusão no processo educacional. Este é o objetivo do projeto “Alfabetização Sem Fronteiras”, parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Semec) e a Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), que se inicia em agosto, beneficiando 77 venezuelanos.
“A Prefeitura de Teresina viu a necessidade de inclusão das crianças e adolescentes venezuelanas no âmbito escolar, para que além de se alfabetizarem, se insiram melhor na cultura brasileira. A Semcaspi e a Semec já elaboraram o projeto de alfabetização e agora estamos discutindo os detalhes sobre a lotação e a capacitação dos professores”, afirma Flora Fernandes Lima, da divisão de Alta Complexidade da Semcaspi.
A alfabetização terá como base o material do Programa Tempo de Aprender, um programa de alfabetização pensado por meio de uma Política Pública Nacional e abrangente, cujo propósito é melhorar a qualidade da alfabetização em todas as escolas públicas do país. Serão lotados quatro professores em duas unidades de ensino: Escola Municipal Antonio Dilson Fernandes, na zona Norte, e Escola Municipal Dona Isabel Pereira, localizada na zona Sudeste Rural.
“Serão atendidas nas escolas as crianças de 6 a 11 anos e adolescentes da faixa etária de 12 a 16 anos que estão nos abrigos Piratininga, Buenos Aires e Emater. Com relação às crianças de 4 e 5 anos, serão inseridas nas turmas regulares dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), conforme localização e vagas disponíveis”, explica o secretário municipal de Educação, Nouga Cardoso.
A Semcaspi fará a mobilização das famílias, destacando a importância da frequência das crianças e adolescentes em sala de aula, bem como a matrícula e participação na vida escolar.
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