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Redação

contato@acessepiaui.com.br

04/02/2022 - 09h41

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Redação

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04/02/2022 - 09h41

Governo estuda reajustar benefícios de servidores federais

 

 

Após protestos de várias categorias de servidores públicos federais, o governo estuda elevar o valor de benefícios recebidos por servidores, como o vale-alimentação, para tentar reduzir a pressão generalizada por reajustes salariais.

A promessa de Bolsonaro, que tem nos policiais uma importante parcela de seu eleitorado, deflagrou mobilizações de outras categorias, que pedem o mesmo tratamento. A maioria dos servidores estão há cinco anos sem reajuste.

O governo tem hoje um recurso de R$ 1,7 bilhão reservado no orçamento para dar reajustes a servidores.

O Executivo paga atualmente um auxílio-alimentação de R$ 458 mensais para todos os servidores ativos, exceto aqueles que estão afastados por licença-capacitação de longa duração ou por cessão a organismos internacionais.

Já o auxílio pré-escolar, pago a servidores ativos com filhos de até seis anos, tem valor de até R$ 321 mensais.

Esses valores tiveram o último reajuste em 2016 e estão bem abaixo do que é pago pelos demais poderes.

Na Câmara dos Deputados, os servidores recebem R$ 982,29 de auxílio-alimentação e R$ 798,42 de auxílio pré-escolar, segundo dados de dezembro de 2021. No Judiciário, esses valores são de R$ 910,08 e R$ 719,62, respectivamente.

A sinalização feita por Bolsonaro aos policiais abriu um impasse dentro do governo, já que a concessão de reajustes seletivos, apenas para policiais, pode deflagrar uma crise séria em pleno ano eleitoral, sem falar que contempla apenas cerca de 45 mil policiais, ficando de fora um milhão de servidores.

A defasagem salarial dos servidores dos últimos cinco anos alcança 28%; deste percentual, 19,9% de perda foi só dos três anos de governo Bolsonaro.

Há especulações sobre uma eventual estratégia do presidente de aguardar até a véspera do início das restrições legais neste ano para conceder os reajustes aos policiais.

Encerrada a janela para as mudanças, os demais servidores não poderiam mais pressionar o governo porque não haveria respaldo legal a novos reajustes. 

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