A governadora em exercício, Regina Sousa, recebeu na tarde desta terça-feira (15) representantes de movimentos sociais ligados ao campo para discutir a condição dos produtores rurais. Na oportunidade, foi apresentado um programa de abastecimento alimentar que visa o investimento na produção da agricultura familiar no Piauí.
De acordo com a governadora Regina, o investimento na agricultura familiar beneficia o homem do campo e da cidade. “Eles estão preocupados porque o campo é quem mais sofre porque é o que deveria produzir mas não têm as condições. Então aqui o Estado dá as condições de produção para ter um celeiro de alimentos produzidos por eles para eles e para vender para outras pessoas, a agricultura familiar é quem bota a comida na mesa. Então é um projeto bem consistente, não para um ano, mas um projeto de política pública de Estado para garantir a alimentação e segurança alimentar para as pessoas mais pobres”, avalia a Regina.
Estavam presentes na reunião mais de 17 representantes de movimentos sociais ligados ao campo, como a MPA, MST, UNISOL, FETAGRI, FETIAFRI, COOTAPI, CARITAS dentre outras. A representante do Movimento dos Pequenos Agricultores, Maria Cazé, aponta a necessidade do investimento na agricultura, tendo em vista uma piora no cenário alimentar.
“Viemos apresentar um escopo de um programa estratégico de abastecimento alimentar e popular para o estado do Piauí com vistas ao combate à fome visto que essa é uma realidade muito séria no nosso estado atualmente e que tem a tendência de piorar ano que vem em função da desestruturação dos produtores na produção de alimento”, conta.
Para Cazé, o projeto é bem estruturado, tendo em vista que abrange desde o financiamento à comercialização e tributação.
“É um programa bem completo, pensando no financiamento vindo de recursos de empréstimos, mas com descontos consideráveis para garantir o giro da produção, a comercialização, assistência técnica, formação e capacitação, bioinsumos, água e energia além do eixo da legislação sanitária e tributação. Então é um programa bem interessante que vai poder transformar o Piauí em um grande celeiro na produção de alimentos. Então nós apresentamos esse escopo que tem um eixo emergencial e um eixo estruturante, o emergencial seria para 2021, colocando recursos não retornáveis na mão dos agricultores com prioridade para agricultura agroecológica praticada pelas mulheres. E o eixo estrutural é pensado para 2022 até 2030”, explica.
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