Em meio à uma discussão nacional sobre as causas dos sucessivos aumentos no preço dos combustíveis no Brasil em 2021, cinco postos de Teresina farão uma promoção nesta quinta-feira (14), quando venderão gasolina retirando os impostos federais e estaduais que são cobrados sobre o produto. O objetivo é mostrar à população que mais de 40% do valor que o consumidor paga pelo combustível é formado por impostos.
A previsão é de que o litro da gasolina seja vendido a R$ 3,50, bem menor do que a média no mercado, por volta de R$ 6,80. Segundo o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Piauí (Sindipostos/PI), responsável pela promoção, a gasolina será vendida sem o ICMS e Cofins/PASEP e Cide/PIS. A promoção vai durar até acabar o estoque, limitado a 15 litros por veículo (veja relação dos postos abaixo).
“Vamos vender o combustível colocando apenas o valor que compramos da Petrobras, mais o custo do frete. Resolvemos fazer essa campanha para que a população entenda que os donos dos postos de combustíveis não são os responsáveis pelos sucessivos aumentos e que há muito pouco na nossa margem de lucro que possamos mexer para reduzir o valor”, explica Anorcil Andrade, coordenador-executivo do Sindipostos/PI.
Somente em 2021, a gasolina, que responde por 60% das vendas nos postos de combustíveis urbanos no Piauí, subiu 10 vezes, sendo a mais recente na última sexta-feira, dia 09. O efeito cascata na economia gerou uma crise política entre governo federal e estaduais sobre a responsabilidade pelos sucessíveis aumentos.
Em reportagem publicada na semana passada, o Piauí Negócios tratou do assunto, ouvindo economistas e técnicos tributários sobre a composição do preço dos combustíveis. Na próxima quinta-feira, 14, mesmo dia da promoção dos postos, a Assembleia Legislativa do Piauí irá realizar uma audiência pública para discutir a tributação no Piauí sobre os combustíveis.
Anorcil Andrade sugere que governo federal e estaduais precisam debater o assunto de forma a reduzir o impacto do aumento do preço dos combustíveis na economia. Ele lembra que sempre que há reajuste, as vendas nos postos caem entre 10% e 30%, o que impacta na arrecadação tanto federal quanto estaduais. Existem no Piauí pouco mais de 1.500 postos, que empregam cerca de 10 mil funcionários.
Fonte: Piauí Negócios
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