Desde os anos 1960 são realizados estudos em diversos países sobre a importância da redução da velocidade para diminuir o número de vítimas graves e fatais no trânsito. Em maio deste ano, o programa SOS Estradas divulgou uma pesquisa chamada "Indústria da Multa ou Fábrica de Criminosos de Trânsito?", mostrando que a gestão da velocidade é uma das principais armas no combate à violência no trânsito, pela relação direta entre velocidade e a consequência dos sinistros, principalmente, no índice de mortos e feridos graves.
"Nosso objetivo é mostrar que a fábrica de infratores vem crescendo com a impunidade e que é preciso usar a tecnologia no controle de velocidade para a preservação de vidas. Afinal, nenhum artigo do Código de Trânsito Brasileiro obriga o condutor a dirigir acima da velocidade. Essa é uma escolha individual, que acaba trazendo consequências à sociedade, e para isso a lei prevê punição", comenta Rodolfo Alberto Rizotto, coordenador do programa. "Nosso trabalho ressalta ainda que não existe fundamento na chamada indústria da multa, argumento muito utilizado no nosso país. Pelo contrário, os dados obtidos, alguns de forma inédita, mostram que no Brasil multamos muito pouco", explica Rizotto.
Redução de velocidade e legislação mais dura mundo afora
Em virtude da Década de Ações para a Segurança Viária 2011-2020, a ONU e a OMS iniciaram a produção de vasto material para auxiliar os países a atingirem as metas propostas, entre eles, o Manual da Gestão da Velocidade, elaborado junto com o Banco Mundial e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O documento destaca a importância do combate ao excesso de velocidade. "A velocidade excessiva e inadequada é o fator que mais contribui para a gravidade das lesões causadas pelos acidentes de trânsito. Quanto maior a velocidade, maior a distância necessária para parar um veículo e, portanto, maior o risco de ocorrer uma colisão. À medida que mais energia cinética deve ser absorvida num impacto em alta velocidade, maior o risco de lesão caso a colisão venha a ocorrer. A gestão da velocidade constitui uma ferramenta muito importante para melhorar a segurança no trânsito", informa o estudo.
Um exemplo eficaz de melhoria na segurança do trânsito vem da Espanha que, com várias medidas, incluindo a utilização de toda a tecnologia disponível para o controle de velocidade (radares fixos, estáticos, portáteis e móveis - estes últimos em veículos em movimento que não são identificados), conseguiu uma mudança histórica no comportamento dos condutores. No último mês de maio o país baixou ainda mais o limite de velocidade nas cidades e entrou em vigor a nova legislação que limita a até 20 km/h a velocidade máxima em vias urbanas. Infratores podem ser punidos com prisão e multas de até 600 euros, segundo a Dirección General de Tráfico. Itália, França e Reino Unido também intensificaram a gestão da velocidade na última década.
Brasileiros apoiam controle de velocidade
No Brasil, pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas com apoio da Abeetrans, apurou que 75,9% dos entrevistados aprovam os controladores eletrônicos de velocidade quando ficam cientes dos benefícios em termos de redução de acidentes e vítimas. "Quanto melhor informados da importância dessa tecnologia, bem como a gravidade da violência no trânsito brasileiro, maior a compreensão sobre a necessidade de se utilizar todos os meios possíveis para evitar comportamentos de risco e punir infratores", reforça o coordenador do SOS Estradas. "Os dados que apresentamos no nosso estudo demonstram que o número de condutores multados pelos radares fixos no país é, em média, inferior a 1%. O índice é ainda menor quando analisamos radares portáteis. O número de autuações aplicadas pelas autoridades, em particular nas rodovias, é praticamente irrelevante considerando o volume total de veículos circulando e a quilometragem percorrida", destaca.
Contribuir para um trânsito mais seguro é uma das missões da Perkons, que atua com gestão de trânsito e mobilidade há 30 anos, e está presente em 490 municípios e 25 estados brasileiros. "Os dados gerados por equipamentos que a Perkons tem instalados em todo o país apontam que 99,93% dos motoristas respeitam a velocidade nos pontos fiscalizados", comenta Luiz Gustavo Campos, diretor da empresa e especialista em trânsito. "Mas, para a ínfima parcela de infratores, àqueles que não respeitam a velocidade permitida na via, a fiscalização eletrônica e os demais equipamentos são uma forma de inibir e de educar", conclui Campos.
"Nosso objetivo é mostrar que a fábrica de infratores vem crescendo com a impunidade e que é preciso usar a tecnologia no controle de velocidade para a preservação de vidas. Afinal, nenhum artigo do Código de Trânsito Brasileiro obriga o condutor a dirigir acima da velocidade. Essa é uma escolha individual, que acaba trazendo consequências à sociedade, e para isso a lei prevê punição", comenta Rodolfo Alberto Rizotto, coordenador do programa. "Nosso trabalho ressalta ainda que não existe fundamento na chamada indústria da multa, argumento muito utilizado no nosso país. Pelo contrário, os dados obtidos, alguns de forma inédita, mostram que no Brasil multamos muito pouco", explica Rizotto.
Redução de velocidade e legislação mais dura mundo afora
Em virtude da Década de Ações para a Segurança Viária 2011-2020, a ONU e a OMS iniciaram a produção de vasto material para auxiliar os países a atingirem as metas propostas, entre eles, o Manual da Gestão da Velocidade, elaborado junto com o Banco Mundial e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O documento destaca a importância do combate ao excesso de velocidade. "A velocidade excessiva e inadequada é o fator que mais contribui para a gravidade das lesões causadas pelos acidentes de trânsito. Quanto maior a velocidade, maior a distância necessária para parar um veículo e, portanto, maior o risco de ocorrer uma colisão. À medida que mais energia cinética deve ser absorvida num impacto em alta velocidade, maior o risco de lesão caso a colisão venha a ocorrer. A gestão da velocidade constitui uma ferramenta muito importante para melhorar a segurança no trânsito", informa o estudo.
Um exemplo eficaz de melhoria na segurança do trânsito vem da Espanha que, com várias medidas, incluindo a utilização de toda a tecnologia disponível para o controle de velocidade (radares fixos, estáticos, portáteis e móveis - estes últimos em veículos em movimento que não são identificados), conseguiu uma mudança histórica no comportamento dos condutores. No último mês de maio o país baixou ainda mais o limite de velocidade nas cidades e entrou em vigor a nova legislação que limita a até 20 km/h a velocidade máxima em vias urbanas. Infratores podem ser punidos com prisão e multas de até 600 euros, segundo a Dirección General de Tráfico. Itália, França e Reino Unido também intensificaram a gestão da velocidade na última década.
Brasileiros apoiam controle de velocidade
No Brasil, pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas com apoio da Abeetrans, apurou que 75,9% dos entrevistados aprovam os controladores eletrônicos de velocidade quando ficam cientes dos benefícios em termos de redução de acidentes e vítimas. "Quanto melhor informados da importância dessa tecnologia, bem como a gravidade da violência no trânsito brasileiro, maior a compreensão sobre a necessidade de se utilizar todos os meios possíveis para evitar comportamentos de risco e punir infratores", reforça o coordenador do SOS Estradas. "Os dados que apresentamos no nosso estudo demonstram que o número de condutores multados pelos radares fixos no país é, em média, inferior a 1%. O índice é ainda menor quando analisamos radares portáteis. O número de autuações aplicadas pelas autoridades, em particular nas rodovias, é praticamente irrelevante considerando o volume total de veículos circulando e a quilometragem percorrida", destaca.
Contribuir para um trânsito mais seguro é uma das missões da Perkons, que atua com gestão de trânsito e mobilidade há 30 anos, e está presente em 490 municípios e 25 estados brasileiros. "Os dados gerados por equipamentos que a Perkons tem instalados em todo o país apontam que 99,93% dos motoristas respeitam a velocidade nos pontos fiscalizados", comenta Luiz Gustavo Campos, diretor da empresa e especialista em trânsito. "Mas, para a ínfima parcela de infratores, àqueles que não respeitam a velocidade permitida na via, a fiscalização eletrônica e os demais equipamentos são uma forma de inibir e de educar", conclui Campos.
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