O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi acusado por parlamentares de mentir em seu depoimento para a CPI da Covid, nessa terça-feira (18). Ele se esquivou de assumir responsabilidades e as transferiu para o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Ernesto negou ter promovido atritos com a China, um dos maiores parceiros comerciais do país. Mas há vários registros de que o ex-chanceler chamou o coronavírus de "comunavírus" e fez declarações com provocações e ataques ao país asiático, o que estremeceu a relação entre os países e pode ter impactado a entrega de insumos para fabricação de vacinas.
Em outro momento, o ex-ministro disse que os EUA enviaram hidroxicloroquina ao Brasil para "tratar doenças crônicas", contrariando o que ele mesmo disse à época.
É ilegal mentir para uma CPI e isso até poderia justificar um pedido de prisão. Mas dificilmente acontecerá nas próximas sessões, já que o presidente da comissão, Omar Aziz, declarou que "não é papel de senadores condenar os depoentes".
De qualquer maneira, a fala tortuosa de Ernesto serviu para aumentar a pressão sobre o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que será ouvido pelo colegiado nesta quarta-feira (19/05).
O ex-chanceler atribuiu a Pazuello a responsabilidade pela busca por cloroquina e as falhas na vacinação no país, além da escolha da imunização mínima da população na adesão ao Covax Facilitty – o Brasil poderia conseguir doses para imunizar 50% da população, mas optou por apenas 10%.
Apesar de estar blindado com um habeas corpus que o permite ficar em silêncio sobre seus atos, o ex-ministro ainda será obrigado a falar sobre os atos de terceiros – leia-se o presidente Jair Bolsonaro.
Ernesto negou ter promovido atritos com a China, um dos maiores parceiros comerciais do país. Mas há vários registros de que o ex-chanceler chamou o coronavírus de "comunavírus" e fez declarações com provocações e ataques ao país asiático, o que estremeceu a relação entre os países e pode ter impactado a entrega de insumos para fabricação de vacinas.
Em outro momento, o ex-ministro disse que os EUA enviaram hidroxicloroquina ao Brasil para "tratar doenças crônicas", contrariando o que ele mesmo disse à época.
É ilegal mentir para uma CPI e isso até poderia justificar um pedido de prisão. Mas dificilmente acontecerá nas próximas sessões, já que o presidente da comissão, Omar Aziz, declarou que "não é papel de senadores condenar os depoentes".
De qualquer maneira, a fala tortuosa de Ernesto serviu para aumentar a pressão sobre o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que será ouvido pelo colegiado nesta quarta-feira (19/05).
O ex-chanceler atribuiu a Pazuello a responsabilidade pela busca por cloroquina e as falhas na vacinação no país, além da escolha da imunização mínima da população na adesão ao Covax Facilitty – o Brasil poderia conseguir doses para imunizar 50% da população, mas optou por apenas 10%.
Apesar de estar blindado com um habeas corpus que o permite ficar em silêncio sobre seus atos, o ex-ministro ainda será obrigado a falar sobre os atos de terceiros – leia-se o presidente Jair Bolsonaro.
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