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Redação

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25/03/2021 - 12h23

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25/03/2021 - 12h23

Pesquisa da UFPI estuda relação da mulher com esporte de alta intensidade

Estudiosos ressaltam que o exercício físico monitorado adequadamente é considerado extremamente pertinente.

 

Professora Dionis Machado, do Departamento de Educação Física ( CCS) da UFPI

 Professora Dionis Machado, do Departamento de Educação Física ( CCS) da UFPI

A presença cada vez maior de mulheres no cenário esportivo vem despertando o interesse de pesquisadores para compreender impactos que os esportes, sobretudo de alta intensidade, como o atletismo, podem causar à saúde íntima feminina. Na Universidade Federal do Piauí (UFPI), pesquisadores têm estudado a temática e ressaltam que o exercício físico monitorado adequadamente é considerado extremamente pertinente.

Segundo a professora e pesquisadora Dionis Machado, do Departamento de Educação Física/CCS, as mulheres apresentam algumas características antomofisiológicas diferentes em relação aos homens, - o que não as colocam em desvantagem. Todavia, ela acrescenta que a anatomia do assoalho pélvico feminino oferece alguns riscos para as que praticam exercícios de alto impacto. Entre os possíveis problemas, a presença da fenda vaginal pode favorecer aos prolapsos de órgãos pélvicos ( saída do órgão pélvico, ex. queda da bexiga) e incontinência urinária.

Dessa forma, compreende-se, segundo a pesquisadora, que o alto impacto promove uma sobrecarga no assoalho pélvico e está relacionado às práticas que exigem saltos, corridas, aumento de velocidade e esforço máximo. A exemplo, temos o atletismo, que possui algumas dessas atividades. A Profa. Dionis destaca que no voleibol e basquetebol também pode haver a presença marcante dos saltos. “Contudo, esportes de alto impacto não devem ser visto como vilões. É preciso ter um bom preparo físico e que elas sejam orientadas pelo profissional de Educação Física”, observa.

É fundamental que as mulheres fiquem atentas aos sinais e sintomas relacionados às disfunções pélvicas (incontinência, prolapsos, entre outras) e, nos casos necessários, buscar um fisioterapeuta para avaliação e tratamento específicos. E mesmo com os possíveis impactos, a prática esportiva é bastante benéfica, já que há melhora da circulação sanguínea sistêmica, aprimoramento de aspectos cognitivos e ajuda na produção de hormônios e neurotransmissores associados ao bem-estar e controle do humor. “Tal fato é extremamente relevante para as mulheres que sofrem de transtorno pré-menstrual, ansiedade e depressão”, ressalta Dionis.

Portanto, com orientação adequada e os devidos cuidados, há bastantes benefícios para as mulheres que praticam esportes de alto impacto. O recomendável é iniciar com exercícios leves, com menor duração e aumentar o tempo e intensidade conforme o corpo for mostrando adaptações.

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