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Redação

contato@acessepiaui.com.br

21/03/2021 - 09h29

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21/03/2021 - 09h29

No Piauí, 162 pacientes com Covid-19 estão na fila por um leito de UTI, de Sesapi

O estoque de medicamentos na rede hospitalar só é suficiente para os próximos 20 dias.

 

 

No início da reunião com o COE Ampliado, que aconteceu neste sábado (20), o governador Wellington Dias traçou um panorama da atual situação do estado em relação à Covid-19. Segundo o gestor, há questões graves como o estoque de medicamentos que são necessários para os pacientes que estão em UTIs (chamado kit intubação), a quantidade de pessoas contaminadas que precisam de um leito de Terapia Intensiva, e a dificuldade de abrir novos leitos, tanto pela falta de profissionais qualificados quanto por equipamentos e infraestrutura. Ele ressalta, contudo, que o Estado está fazendo um grande esforço para melhorar essa situação.

“Nos hospitais, temos estoque destes medicamentos para dez dias e, no depósito, para outros dez. Porém, estamos agilizando um sistema de compra e tivemos uma agenda ontem (19) com a equipe técnica do ministério para garantir a compra. Fizemos contato com os fornecedores, que são produtores diretos, credenciados no Ministério da Saúde e prometeram nos fornecer para sairmos dessa linha de risco”, explicou Dias.


“Em relação ao isolamento, o governador disse que o Piauí evoluiu nos últimos dias. “O Piauí chegou a um índice de 2.8. Agora, em março, ficamos em torno de 1.5 e na última semana chegou a 1.3. No nosso melhor período, chegamos a 0.54-0.70 que é um bom parâmetro. Estamos trabalhando para derrubar essa transmissibilidade. O objetivo é ir para abaixo de 1”, relatou. O governador também ressaltou que os laboratórios do Butantan e Fiocruz regularizaram e aumentaram a produção de vacinas e, nas próximas semanas, deve haver a adição de imunizantes como a Sputinik russa, além do esforço de ex-presidentes e de conversas com países como EUA, Coréia do Sul e Reino Unido a fim de obter mais doses para o Brasil.

A coordenadora da Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Luciane Formiga, apresentou dados, durante a reunião, que mostram um forte crescimento no número de pacientes em fila de espera para leitos de UTI ou clínicos. No dia 1º de março, eram 12 pacientes; no dia 19, eram 162.

Por mais que se amplie leitos, não temos insumos, equipes e equipamentos que deem conta de uma demanda desta, que cresceu mais de 12 vezes. Não temos como ampliar a rede nesta mesma proporção. É impossível. São pacientes graves que dependem de um alto fluxo de oxigênio”, ponderou.


O governador Wellington Dias assegurou que o Estado ampliou os leitos ao máximo. “Não há pessoal. Não há profissionais. Só é possível abrir leitos onde há profissionais. Nas unidades onde havia dez leitos (de UTI), ampliamos para 20. Eu chamo atenção e é importante alertar aquelas pessoas que pensam que a saída é mais leitos. Essa saída não existe nem no aqui, nem em qualquer lugar do Brasil. Em dado momento, a gente até poderia abrir uma chamada e vinham profissionais de outros estados. Agora, nem isso mais, porque esgotou geral. É um drama que queria destacar”, explicou.

O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, reforçou a necessidade de evitar mais contaminações para desafogar o sistema e profissionais de saúde.

A gente não tem condição de dizer que vai existir novos leitos. Os leitos que estão surgindo são da extrema capacidade dos nossos diretores. Precisamos ter o corte da transmissão. O caminho é o da ciência para cortar a transmissibilidade”, acrescentou.

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