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Redação

contato@acessepiaui.com.br

08/03/2021 - 09h52

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08/03/2021 - 09h52

Dieese propõe debate sobre os preços dos combustíveis no Brasil

Desde outubro de 2016, o brasileiro passou a conviver com instabilidade e escalada nos preços dos combustíveis.

 

 

O aumento constante dos preços do gás de cozinha, gasolina e diesel é tema de grande debate público. Esses produtos têm impacto relevante na vida das pessoas e na economia. Desde outubro de 2016, o brasileiro passou a conviver com instabilidade e escalada nos preços destes derivados, resultado de decisão da gestão da Petrobras em acompanhar a variação do preço internacional do barril de petróleo e a variação do câmbio nos preços praticados nas refinarias da petrolífera. Uma realidade vivida apenas por países que não possuem petróleo e um parque de refino capaz de abastecer a população e que, portanto, têm que importar estes produtos. Longe de ser o caso do Brasil.

Nos últimos cinco anos (2016 a 2020), a produção nacional de petróleo cresceu 18% e chegou a 3,7 milhões de barris equivalentes por dia (BOE/dia). O rápido avanço na produção nos campos do pré-sal, descoberto em 2006 e desenvolvido nos anos seguintes, é o grande responsável pelo resultado, permitindo ao país exportar cerca de 1 milhão de barris por dia, em 2020. No quadro mundial, o Brasil ocupa um lugar de destaque: em 2019, foi o 10º maior produtor, possuía o 9º maior parque de refino, com capacidade de produção de 2,4 milhões de barris por dia e era também o 9º maior consumidor de petróleo do mundo.

  Além disso, vale destacar ainda que os custos de produção de petróleo e refinados aqui no Brasil têm caído sistematicamente, em razão dos ganhos de eficiência que a empresa vem obtendo. Mesmo após a abertura do setor, em 1997, para entrada de empresas estrangeiras, a Petrobras se mantém como a mais importante produtora nacional. Em 2020, foi responsável por 93% da produção de petróleo e gás natural e 99% da produção de derivados. Segundo os relatórios de produção da empresa, o custo médio de extração de petróleo, incluídas as participações governamentais, passou de US$ 16,27/barril, em 2016, para US$ 12,62/barril, em 2020, redução de 22,4%, graças aos bons resultados do pré-sal. Também há queda de 31% no custo de produção das refinarias da Petrobras, de US$2,58/barril para US$1,78/barril, no mesmo período.

Com essas condições, o que explica os sucessivos aumentos dos preços dos derivados, nas refinarias ou nos postos de abastecimento? Por que o brasileiro está pagando tão caro pela gasolina, pelo diesel e pelo gás de cozinha? O principal motivo é a política de preços de derivados praticada pela Petrobras nas refinarias. Instituída em 14 de outubro de 2016, a nova política de preços, nas palavras da Petrobras, passa a ser orientada pela “paridade com o mercado internacional - também conhecido como PPI e que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias –mais uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos. 

Para continuar lendo essa nota téctica, clique neste documento do Dieese.

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