Em janeiro de 2020 com certeza ninguém conseguiria prever o que aconteceria no mundo nos próximos meses, a pandemia causada pelo novo corona vírus (COVID-19) mudou a rotina nos quatro quantos do planeta, gerando uma crise de saúde e financeira sem precedentes na historia moderna.
Ouve-se muito de como os grandes centros urbanos tiveram que parar seu ritmo frenético para impor uma quarentena e assegurar a saúde das milhões de pessoas que vivem nessas grandes cidades, porém pouco se sabe como estão os mais de 24 milhões de pessoas ( cerca de 43% da população do Nordeste ) que vivem na região do semi-árido nordestino, longe de grandes centros urbanos.
Não é novidade que o semi-árido nordestino sempre teve grandes desafios sociais e detém os piores índices de IDH (Indice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, a falta de emprego e as dificuldades para atendimento de saúde sempre foram algo presente no cotidiano sertanejo. Com a pandemia, o que se vê de imediato é o acréscimo de um ambiente de terror e desinformação que chega violentamente nas pequenas cidades do Nordeste.
Em Betânia do Piauí, uma das cidades mais carentes de sertão piauiense, o leito de UTI mais próximo fica a cerca de 200km de distância, na cidade de Picos. Isso quer dizer que se houver um surto de casos do COVID-19 na região as pessoas com certeza não terão tempo hábil para chegar a um atendimento médico adequado, isso por si só já geraria um ambiente de muita insegurança. O advento das redes sociais e sinal de wi-fi em muitas regiões tem ajudado na disseminação de informações falsas sobre a pandemia e no surgimento de diversas mitos populares que supostamente teriam o poder de proteger aqueles que querem ficar imunes ao vírus.
Felizmente, atualmente não vemos um aumento exponencial de casos de COVID-19 no sertão do Piauí, porém o medo que esse vírus chegue com força na região tem imposto a quarentena na grande maioria das cidades sertanejas.
Atualmente vemos um movimento para o relaxamento dessa quarentena, porém é quase certo que as aulas provavelmente não retornaram esse ano, como a maioria dos municípios do sertão tem uma estrutura muita pequena para receber os alunos, será muito difícil impor um revezamento de alunos na educação municipal.
Sem dúvida, a rotina do sertanejo também foi muito alterado nesse período de pandemia, as famosas feiras que acontecem em praça pública vendendo legumes, verduras, roupas e outros itens característicos dos sertão estão suspensas a mais de 3 meses. Muitas festas populares foram canceladas o que em muitas cidades representa uma boa porcentagem do PIB local.
O uso de mascará tem se tornado comum nos pequenos centros urbanos do sertão, como também o uso do álcool em gel e o distanciamento em filas.
Porém, o sertanejo, que é um dos povos mais resilientes do mundo, consegue manter alegria e a esperança de dias melhores. Ao visitarmos a zona rural do município de Betânia do Piauí, é como se estivéssemos vivendo a 1 ano atrás quando pouco se ouvia sobre essa tal de pandemia, vemos pessoas andando sem mascaras, cuidando dos animais e levando seus afazeres diários no ritmo que é costumeiro dessa região. Todos querem que esse tempo de restrições passe o mais rápido possível, mais enquanto isso não acontece o sertanejo não deixa de ser sertanejo, com mascará ou sem nosso sertão continua sendo um lugar de pessoas simples e cheio de esperança e fé em Deus de dias melhores.
Fonte: Instituto Novo Sertão. Conheça esse projeto.
Ouve-se muito de como os grandes centros urbanos tiveram que parar seu ritmo frenético para impor uma quarentena e assegurar a saúde das milhões de pessoas que vivem nessas grandes cidades, porém pouco se sabe como estão os mais de 24 milhões de pessoas ( cerca de 43% da população do Nordeste ) que vivem na região do semi-árido nordestino, longe de grandes centros urbanos.
Não é novidade que o semi-árido nordestino sempre teve grandes desafios sociais e detém os piores índices de IDH (Indice de Desenvolvimento Humano) do Brasil, a falta de emprego e as dificuldades para atendimento de saúde sempre foram algo presente no cotidiano sertanejo. Com a pandemia, o que se vê de imediato é o acréscimo de um ambiente de terror e desinformação que chega violentamente nas pequenas cidades do Nordeste.
Em Betânia do Piauí, uma das cidades mais carentes de sertão piauiense, o leito de UTI mais próximo fica a cerca de 200km de distância, na cidade de Picos. Isso quer dizer que se houver um surto de casos do COVID-19 na região as pessoas com certeza não terão tempo hábil para chegar a um atendimento médico adequado, isso por si só já geraria um ambiente de muita insegurança. O advento das redes sociais e sinal de wi-fi em muitas regiões tem ajudado na disseminação de informações falsas sobre a pandemia e no surgimento de diversas mitos populares que supostamente teriam o poder de proteger aqueles que querem ficar imunes ao vírus.
Felizmente, atualmente não vemos um aumento exponencial de casos de COVID-19 no sertão do Piauí, porém o medo que esse vírus chegue com força na região tem imposto a quarentena na grande maioria das cidades sertanejas.
Atualmente vemos um movimento para o relaxamento dessa quarentena, porém é quase certo que as aulas provavelmente não retornaram esse ano, como a maioria dos municípios do sertão tem uma estrutura muita pequena para receber os alunos, será muito difícil impor um revezamento de alunos na educação municipal.
Sem dúvida, a rotina do sertanejo também foi muito alterado nesse período de pandemia, as famosas feiras que acontecem em praça pública vendendo legumes, verduras, roupas e outros itens característicos dos sertão estão suspensas a mais de 3 meses. Muitas festas populares foram canceladas o que em muitas cidades representa uma boa porcentagem do PIB local.
O uso de mascará tem se tornado comum nos pequenos centros urbanos do sertão, como também o uso do álcool em gel e o distanciamento em filas.
Porém, o sertanejo, que é um dos povos mais resilientes do mundo, consegue manter alegria e a esperança de dias melhores. Ao visitarmos a zona rural do município de Betânia do Piauí, é como se estivéssemos vivendo a 1 ano atrás quando pouco se ouvia sobre essa tal de pandemia, vemos pessoas andando sem mascaras, cuidando dos animais e levando seus afazeres diários no ritmo que é costumeiro dessa região. Todos querem que esse tempo de restrições passe o mais rápido possível, mais enquanto isso não acontece o sertanejo não deixa de ser sertanejo, com mascará ou sem nosso sertão continua sendo um lugar de pessoas simples e cheio de esperança e fé em Deus de dias melhores.
Fonte: Instituto Novo Sertão. Conheça esse projeto.
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