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Redação

contato@acessepiaui.com.br

18/02/2021 - 08h34

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18/02/2021 - 08h34

Varejo do Piauí sente o fim do auxílio e recua 11,6% em janeiro

Sem o auxílio emergencial pago a 1,3 milhão de piauienses em 2020, somente artigos farmacêuticos não registraram queda.

 

 

epois de ter alavancado as vendas do comércio piauiense em 2020, o auxílio emergencial começou a fazer falta em 2021. Em janeiro, primeiro mês em que o benefício deixou de ser pago, o varejo no Piauí recuou 11,6% em relação a dezembro. Os dados são do Índice Getnet de Vendas do Comércio Varejista Brasileiro (IGet), medido pelas transações das máquinas da Getnet, empresa de tecnologia do grupo Santander, em 150 mil estabelecimentos comerciais do país.
 
A queda aconteceu em todo o Brasil, onde a média foi de -10,9% em janeiro. Mas os piores resultados foram nos estados do Norte e Nordeste: Rio Grande do Norte (-19,7%), Pará (-19,4%), Amazonas (-19%), Amapá (-14,3%), Tocantins (-12,1%) e Piauí (-11,6%). A explicação é simples: nesses estados, a proporção de consumidores que recebeu o auxílio emergencial é maior do que nas demais regiões.

No Piauí, por exemplo, 40% da população recebeu o auxílio emergencial, que pagou valores entre R$ 300 e R$ 1.200 de abril até dezembro. São 1,3 milhão de consumidores que entraram 2021 sem esse empurrão do Governo Federal. Consequentemente, as vendas no varejo caíram.
 
Todos os segmentos que o iGet avalia sofreram queda, exceto Artigos Farmacêuticos, que teve crescimento de 2,7%. Vestuário e Materiais para Escritório tiveram as maiores baixas, de 25,6% e 25,9%, respectivamente. No conceito ampliado, Materiais de Construção fechou com -6,1% e Partes e Peças Automotivas, com -2,5%.
 
A desaceleração do mercado já era prevista por economistas ouvidos em outubro pelo Piauí Negócios. Fernando Galvão citou a forte influência do benefício da renda das famílias, “principalmente num cenário de alto desemprego, alta informalidade no mercado de trabalho e preços elevados de itens básicos de consumo, sobretudo das camadas de mais baixa renda”.

Fonte: Piauí Negócios
 

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