O procurador do Município, Aurélio Lobão, destacou que o serviço é essencial e os empresários não têm cumprido o acordo com a prefeitura.
“Pedimos a garantia de 70% da circulação da frota e os contratos estão sendo descumpridos”, disse.
A ação foi ajuizada na Vara dos Feitos da Fazenda Pública.
Segundo o procurador, a redução do coletivo gera aglomerações nos pontos de ônibus e dentro dos coletivos, contribuindo para aumentar os casos da Covid-19 em Teresina. Outro aspecto de alerta da procuradoria é que a paralisação dos serviços é uma ilegalidade e prejudica a população e a economia local.
Existe um contrato público e as empresas a seu bel prazer não podem parar as atividades. A redução da frota impacta no deslocamento dos trabalhadores, prejudicando toda a cadeia econômica da cidade”, disse o procurador.
Os motoristas e cobradores decretaram greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (8). A categoria protesta contra a falta de pagamento do mês de janeiro e benefícios como plano de saúde e tíquete alimentação.
O Setut apresentou uma proposta, segundo o Sindicato dos Rodoviários, de demitir 50% dos cobradores e reduzir 50% no salário dos motoristas que é R$ 1.941,00. A categoria rejeitou a proposta e o impasse permanece.
O que diz o Setut
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) lamenta que a população da capital esteja sendo, mais uma vez, prejudicada com a falta de transporte coletivo. A entidade esclarece ainda que a ação ingressada pela Procuradoria Geral do Município, em que exige a circulação de 70% da frota de ônibus, deve ser direcionada ao SINTETRO que vem impedindo que os veículos saiam das garagens. Infelizmente, o sindicato dos motoristas e cobradores está desrespeitando a lei de greve, que obriga nos serviços essenciais, um quantitativo mínimo de 1/3 da força de trabalho. As empresas operadoras do sistema reiteram que diariamente se preparam para atender a demanda de passageiros na capital colocando os ônibus para circular nas ruas.
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