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Redação

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11/01/2021 - 08h12

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11/01/2021 - 08h12

Guedes rejeita imposto sobre grandes fortunas que arrecadaria 40 bilhões por ano

 

Congresso Argentino aprovou imposto no final do ano passado

 Congresso Argentino aprovou imposto no final do ano passado

A Receita Federal apresentou à Câmara dos Deputados críticas à proposta de criar um imposto sobre grandes fortunas. A ideia é defendida por parlamentares, mas sofre a rejeição do ministro Paulo Guedes.

O ministro justifica que há medidas mais eficientes, como acabar  com programas Refis (parcelamento de dívidas com a União com descontos), taxar a distribuição de lucros e dividendos e mudar a tributação sobre o mercado de capitais.

Uma outra justificativa é que há dificuldades sobre como estabelecer o critério para as fortunas - como mensurar a riqueza, o patrimônio de cada um. Como exemplos, a Receita Federal, citou obras de arte e direitos autorais. 

Guedes avalia que esse tributo poderia gerar fuga de investidores. Isso forçaria o capital a ir para países onde não há taxação, reduzindo a oportunidade de novos negócios e empregos. 

Argentina aprova

No fim do ano passado, o Congresso da Argentina aprovou a criação do imposto sobre as grandes fortunas. O tributo é uma taxa extraordinária, de recolhimento único, que será paga por 12 mil argentinos com o patrimônio acima de um patamar equivalente a R$ 12 milhões. .

Enquanto isso no Brasil, o relator da reforma tributária, deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB), pressionado por partidos de oposição, já indicou que pode incluir essa discussão em sua proposta. A Câmara dos deputados discute desde 2019 um projeto para reformular o sistema tributário nacional. 

Os partidos de oposição apresentaram proposta onde 59 mil pessoas no país que possuem grandes fortunas passariam a pagar o imposto. Com isso a arrecadação anual do tributo seria de R$ 40 bilhões. 

A proposta prevê duas fases de incidência. Nos primeiros cinco anos, as alíquotas seriam mais altas, com objetivo de suprir demandas criadas no país após a pandemia do novo coronavírus.

Inicialamente, a cobrança seria de 1% ao ano para contribuintes com o patrimônio entre R$ 10 e R$ 40 milhões, 2% para valores acima de R$ 40 milhões até R$ 80 milhões, e 3% para fortunas superiores a R$ 80 milhões. O imposto incidiria apenas sobre os valores que ultrapassam esses patamares, e não sobre o patrimônio total. 

 

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