Na noite da última quinta-feira (19/11), véspera do Dia da Consciência Negra, João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, morreu após ser brutalmente espancado em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre (RS).
Segundo relatos, depois um desentendimento com a caixa do estabelecimento, a vítima foi levada para o estacionamento do hipermercado, onde a agressão levou à morte. As cenas do espancamento foram gravadas. Os agressores, um segurança e um Policial Militar temporário, foram levados à delegacia e, lá, permanecerem em silêncio. O Carrefour decidiu romper o contrato com a empresa de segurança.
Os vídeos da agressão que resultaram na morte de Beto, como era conhecido, permeavam as redes sociais e os jornais brasileiros na sexta-feira, 20 de novembro, causando comoção numa data que existe justamente para fazer refletir sobre o que é ser negro no Brasil e sobre o racismo.
Protestos
A morte de João Alberto Freitas foi tema de protestos contra o racismo em diversos lugares do país também na sexta-feira (20/11). Ativistas do Movimento Negro e de Mulheres exigem punições para todos os envolvidos no assassinato.
João Alberto era pai de quatro filhos. Seu corpo foi sepultado sábado (21/11) no cemitério São João, distante apenas 1,7 km do local onde foi morto, no bairro Passo D´Areia, zona norte de Porto Alegre.
“Beto”, como era chamado, teve o caixão coberto pela bandeira azul e branca do Esporte Clube São José, clube do qual era torcedor apaixonado. O sepultamento aconteceu entre orações, palmas, pedidos de justiça e gritos de indignação pelo assassinato de mais um homem negro.
"Nenhum de nós ativistas do movimento negro e de mulheres negras poderíamos supor que esse 20 de novembro de 2020 acontecesse do jeito que aconteceu. Temos sido insistentes em denunciar a violência e a brutalidade policial contra a juventude negra, contra as favelas e periferias, esses lugares de residência, sim, re-si-dên-cia, de uma maioria negra – mulheres, homens, crianças e jovens negros. Temos sido enfáticos em denunciar que as chacinas e os homicídios de jovens negros são, sim, expressão do racismo e da discriminação racial no país".
"Temos sido contundentes em sinalizar que o sistema de justiça brasileiro encarcera desproporcionalmente homens e adolescentes negros. Temos vindo a público com inúmeros e inquestionáveis indicadores: a pobreza é negra, o desemprego é negro, a informalidade é negra, a mortalidade materna é negra, a ausência de saneamento básico é uma realidade cotidiana das famílias negras. A escola pública brasileira tem duvidosa qualidade de serviços, não temos dúvida, porque a clientela é formada, majoritariamente, de crianças e jovens negros".
Segundo relatos, depois um desentendimento com a caixa do estabelecimento, a vítima foi levada para o estacionamento do hipermercado, onde a agressão levou à morte. As cenas do espancamento foram gravadas. Os agressores, um segurança e um Policial Militar temporário, foram levados à delegacia e, lá, permanecerem em silêncio. O Carrefour decidiu romper o contrato com a empresa de segurança.
Os vídeos da agressão que resultaram na morte de Beto, como era conhecido, permeavam as redes sociais e os jornais brasileiros na sexta-feira, 20 de novembro, causando comoção numa data que existe justamente para fazer refletir sobre o que é ser negro no Brasil e sobre o racismo.
Protestos
A morte de João Alberto Freitas foi tema de protestos contra o racismo em diversos lugares do país também na sexta-feira (20/11). Ativistas do Movimento Negro e de Mulheres exigem punições para todos os envolvidos no assassinato.
João Alberto era pai de quatro filhos. Seu corpo foi sepultado sábado (21/11) no cemitério São João, distante apenas 1,7 km do local onde foi morto, no bairro Passo D´Areia, zona norte de Porto Alegre.
“Beto”, como era chamado, teve o caixão coberto pela bandeira azul e branca do Esporte Clube São José, clube do qual era torcedor apaixonado. O sepultamento aconteceu entre orações, palmas, pedidos de justiça e gritos de indignação pelo assassinato de mais um homem negro.
"Nenhum de nós ativistas do movimento negro e de mulheres negras poderíamos supor que esse 20 de novembro de 2020 acontecesse do jeito que aconteceu. Temos sido insistentes em denunciar a violência e a brutalidade policial contra a juventude negra, contra as favelas e periferias, esses lugares de residência, sim, re-si-dên-cia, de uma maioria negra – mulheres, homens, crianças e jovens negros. Temos sido enfáticos em denunciar que as chacinas e os homicídios de jovens negros são, sim, expressão do racismo e da discriminação racial no país".
"Temos sido contundentes em sinalizar que o sistema de justiça brasileiro encarcera desproporcionalmente homens e adolescentes negros. Temos vindo a público com inúmeros e inquestionáveis indicadores: a pobreza é negra, o desemprego é negro, a informalidade é negra, a mortalidade materna é negra, a ausência de saneamento básico é uma realidade cotidiana das famílias negras. A escola pública brasileira tem duvidosa qualidade de serviços, não temos dúvida, porque a clientela é formada, majoritariamente, de crianças e jovens negros".
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.