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Redação

contato@acessepiaui.com.br

21/09/2020 - 09h36

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Redação

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21/09/2020 - 09h36

Em carta, Wellington Dias alerta para falta de plano para a economia

Carta foi enviada neste domingo (20) ao Fórum dos Governadores. Documento sugere reunir lideranças.

 

Governador Wellington Dias (PT)

 Governador Wellington Dias (PT)

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), enviou uma carta neste domingo (20) aos membros do Fórum dos Governadores do Brasil afirmando não haver 1 plano para a retomada econômica do país.

“Até o momento não existe um plano integrado de ações envolvendo os setores público e privado para retomada da economia brasileira”, afirma.

No documento (leia abaixo), afirmou que a retirada do auxílio para complemento dos salários dos trabalhadores e redução de 50%, de uma vez só, do auxílio emergencial pago a famílias em situação vulnerável, prejudicarão os Estados no próximos meses.

“Não defendendo que a União sustente Estados e municípios por tempo indeterminado, mas  devemos ter um plano de medidas anticíclicas permanente, que ajude e encoraje o setor privado a manter e ampliar os investimentos existentes, além de atrair novos investimentos”, escreveu.


O chefe do Executivo estadual sugeriu uma reunião junto a prefeitos, secretários estaduais de fazenda, para analisar o cenário das receitas estaduais e municipais de outubro a dezembro e possíveis avaliações técnicas.


ÍNTEGRA DA CARTA

Me dirijo neste domingo (20), aos membros do Fórum dos Governadores do Brasil, para reiterar um alerta quanto a atual realidade do país e suas consequências, se alguma providência não for adotada.

Até o momento não existe um plano integrado de ações envolvendo os setores público e privado para retomada da economia brasileira. Algumas outras medidas já anunciadas pelo governo federal, nos deixam ainda mais preocupados:

– Retirada do auxílio para complemento dos salários dos trabalhadores;
– Redução de 50%, de uma vez só, do Auxílio Emergencial pago a famílias em situação vulnerável;
– Retirada da compensação do FPE/FPM/ICMS/ISS, que evitou quedas mais acentuadas da economia e do emprego e permitiu manter os serviços pelos  Estados e municípios;

Da forma como está, o cenário preanuncia demissão generalizada, aumento brusco da miséria e da pobreza.  À exceção de alguns setores como alimentos e exportação, teremos forte queda na economia e varejo com efeitos já a partir de outubro, piorando até início do próximo ano.

Como sabem, já estou no 4° mandato de governador. Atravessei 2 fortes crises econômicas (2003/2004, 2008/2009). Nenhuma foi superada sem um impulso do setor público.

Não defendendo que a União sustente Estados e municípios por tempo indeterminado, mas  devemos ter um plano de medidas anticíclicas permanente, que ajude e encoraje o setor privado a manter e ampliar os investimentos existentes, além de atrair novos investimentos. Outros países estão fazendo isto, vejam situação da Índia, não tem outro caminho.

Recomendo imediata projeção das receitas de outubro a dezembro. Proponho uma reunião, presencial ou virtual, convidando a Confederação dos Municípios, Consefaz e outras entidades que nos apresentem uma avaliações técnicas.

Abraços
Wellington Dias

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