Facebook
  RSS
  Whatsapp
Domingo, 17 de novembro de 2024
Notícias /

Saúde

Redação

contato@acessepiaui.com.br

15/03/2020 - 21h03

Compartilhe

Redação

contato@acessepiaui.com.br

15/03/2020 - 21h03

Coronavírus: saiba os sintomas, a transmissão, diagnóstico, tratamento e prevenção

O convid-19 tem causado milhares de mortes e muita preocupação com seu avanço por todo o mundo.

 

 

O novo coronavírus é de uma família de vírus causadores de resfriados comuns a infecções respiratórias graves. O nome provém da aparência do vírus, que ao microscópio parece uma coroa. Alguns coronavírus podem causar doenças graves como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), identificada em 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), conhecida em 2012.

Um novo tipo de coronavírus (2019-nCoV), mais conhecido como convid-19, foi descoberto na Chin em 31 de dezembro de 2019. A nova modalidade tem causado milhares de mortes e muita preocupação com seu avanço por todo o mundo.

A primeira morte foi registrada em 11 de janeiro na China, epicentro da epidemia. Rapidamente a doença se alastrou. Em março de 2020, todos os continentes já haviam sido afetados. No último dia 11, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de pandemia. O Brasil registrou o primeiro caso do novo coronavírus em 26 de fevereiro, um paulista de 61 anos vindo da Itália.

Sintomas

Os sinais e sintomas do novo coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Também podem causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (Sars-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e os sintomas da doença.

Os principais sintomas mais comuns conhecidos até o momento são:

Coriza
Tosse seca
Dor de garganta
Febre

Sintomas mais graves:

Febre alta
Dificuldade de respirar
Formas de transmissão
Já se sabe que a contaminação de pessoa para pessoa está ocorrendo, mas ainda estão em curso investigações mais detalhadas sobre as formas de transmissão do novo coronavírus. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1 metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

Transmissão

A transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

Gotículas de saliva;
Espirro;
Tosse;
Catarro;
Aperto de mão e toques;
Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

Diagnóstico

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro), indicada sempre que for identificado caso suspeito. É necessária a coleta de duas amostras, que são encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Para confirmar a doença, é necessário realizar exames de biologia molecular que detectem o RNA viral.

Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela atenção primária em saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Tratamento

Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus. O tratamento indicado é repouso e consumo de bastante água, bem como uso de medicamentos para controle de dor e febre (antitérmicos e analgésicos).

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, orienta que, para prevenir contaminação, o paciente evite contato com outras pessoas e reforce hábitos de higiene.

Especialistas estimam que a produção de um medicamento específico e de uma vacina levem de seis meses a um ano para serem desenvolvidos e distribuídos em larga escala. Segundo o infectologista Werciley Júnior, chefe da Comissão de Controle Infecção Hospitalar do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, não há medicamento específico para combater o coronavírus. Há apenas tratamentos para os sintomas causados pela doença. De acordo com o infectologista, estima-se que de 10% a 20% dos pacientes que contraírem o vírus deverão ter quadro mais grave. “A grande maioria das pessoas vai ter reação leve e tratar como um leve resfriado”, esclarece.

Condições de isolamento e quarentena

O Ministério da Saúde regulamentou os critérios de isolamento e quarentena que deverão ser aplicados pelas autoridades de saúde local para pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por coronavírus no Brasil. As regras entram em vigor a partir dessa quinta-feira (12) com a publicação de portaria no Diário Oficial da União (DOU). A medida faz parte das ações para enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) decorrentes do coronavírus. O objetivo é evitar a dispersão do vírus pelo país.

O documento traz as especificações para cada uma das ações. Para o isolamento, as medidas de precaução visam conter e separar pessoas que forem classificadas como caso suspeito, confirmado, provável (contato íntimo com caso confirmado), portador sem sintoma e contactante de casos confirmados. Nesses casos, o isolamento deverá ser em ambiente domiciliar podendo ser feito em hospitais públicos ou privados, conforme recomendação médica, por um prazo de 14 dias, podendo ser estendido por até igual período dependendo do resultado do exame laboratorial.

A quarentena tem como objetivo garantir a manutenção dos serviços de saúde em local certo e determinado. O procedimento de quarentena será determinado mediante ato administrativo formal estabelecido pelas secretarias de saúde dos estados, municípios, do Distrito Federal ou ministro de estado da saúde, ou superiores em cada nível de gestão e publicado em diário oficial e amplamente divulgado pelos meios de comunicação. A medida de quarentena será adotada pelo prazo de até 40 dias, podendo se estender pelo tempo necessário.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, esclareceu que o isolamento e a quarentena são medidas de saúde pública para o enfrentamento ao coronavírus no país. “O isolamento não é obrigatório, não vai ter ninguém controlando as ações das pessoas, ele é um ato de civilidade para proteção das outras pessoas. Já a quarentena é uma medida restritiva para o trânsito de pessoas, que busca diminuir a velocidade de transmissão do coronavírus. Essas são medidas de saúde pública”, reforçou o secretário de Vigilância em Saúde.

A medida de quarentena não poderá ser determinada ou mantida após a encerramento da Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).

Medidas de prevenção

Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, tais como:

Lavar com frequência as mãos com água e sabão;
Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
Não compartilhar objetos de uso pessoal;
Manter os ambientes bem ventilados

Também é recomendado evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas ou que apresentem sinais ou sintomas da doença. Também se recomenda evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Orientações

Pessoas que viajaram para a China ou outras áreas de risco devem ficar alertas. Se a viagem ocorreu nos últimos 14 dias e a pessoa ficou doente com febre, tosse ou dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico imediatamente e informar detalhadamente o histórico de viagem recente e seus sintomas.

Segundo recomendação da OMS, quem não possui sintomas não precisa utilizar máscaras.

As principais fake news do coronavírus
Em página específica para combate às fake news, o Ministério da Saúde esclarece informações falsas que chegam ao conhecimento da população. Muitas delas têm relação com supostas substâncias que curariam a doença, como chá imunológico, uísque e mel e até mesmo loló e cocaína. O ministério reforça que não há nenhuma indicação de que essas substâncias teriam relação com a cura da doença. Outra fake news desmentida é a de que o novo coronavírus teria inserção do vírus HIV e de que teria sido criado em laboratório. Segundo a página do governo, não há nenhum registro científico que indique isso.

Fonte: Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Panamericana de Saúde.

Comentários