Revelada na noite dessa quarta-feira, 12 de junho, pelo jornalista Reinaldo Azevedo, uma mensagem do aplicativo Telegram obtida pelo site The Intercept sugere que a força-tarefa da operação Lava Jato contava com apoio do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em abril de 2016, segundo o vazamento, o procurador federal Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Paraná, contou ao então juiz federal Sérgio Moro (hoje ministro da Justiça e Segurança Pública) ter encontrado Fux e que o magistrado disse para "contarmos [a força-tarefa da Lava Jato] com ele para o que precisarmos, mais uma vez". Moro, então, respondeu: "In Fux we trust" (confiamos em Fux, em inglês).
O recado faz parte do material que o Intercept divulga desde o último domingo (9) e que sugere que Moro debatia estratégias com Dallagnol e chegava a orientar decisões dos investigadores. Ministro e procurador afirmam que tiveram os celulares invadidos por um hacker e negam que os vazamentos indiquem conluio entre as partes, mas não contestaram a veracidade do conteúdo divulgado.
A mensagem revelada na última quarta foi enviada por Dallagnol a procuradores em um grupo de discussão do Telegram, no dia 22 de abril de 2016, e repassada a Moro no mesmo dia. A conversa ocorreu pouco mais de um mês após Moro ter retirado o sigilo de dezenas de áudios de ligações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um episódio que agravou a crise em torno da então presidente Dilma Rousseff.
Moro, então juiz de primeira instância, havia sido repreendido pelo ministro do STF Teori Zavascki (morto em um acidente aéreo em 2017), então relator da Lava Jato na Corte, pela liberação dos áudios.
Na mensagem, Dallagnol relata ter conversado com Fux sobre o assunto: "Reservado, é claro: O Min Fux disse quase espontaneamente que Teori fez queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me pra ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições", relatou Dallagnol.
"Em especial no novo governo", completou o procurador, referindo-se ao ex-presidente Michel Temer, que assumiria o Planalto dali a menos de um mês, no dia 12 de maio, após a Câmara dos Deputados ter aprovado o afastamento de Dilma. Moro responde a este comentário com "In Fux we trust", e Dallagnol rebate com uma risada.
Fux informou, por meio de assessoria, que não irá comentar assunto. O MPF comunicou que não fará nova manifestação. Moro também não fez, até a manhã desta quinta (13), uma declaração sobre o novo vazamento.
Em abril de 2016, segundo o vazamento, o procurador federal Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Paraná, contou ao então juiz federal Sérgio Moro (hoje ministro da Justiça e Segurança Pública) ter encontrado Fux e que o magistrado disse para "contarmos [a força-tarefa da Lava Jato] com ele para o que precisarmos, mais uma vez". Moro, então, respondeu: "In Fux we trust" (confiamos em Fux, em inglês).
O recado faz parte do material que o Intercept divulga desde o último domingo (9) e que sugere que Moro debatia estratégias com Dallagnol e chegava a orientar decisões dos investigadores. Ministro e procurador afirmam que tiveram os celulares invadidos por um hacker e negam que os vazamentos indiquem conluio entre as partes, mas não contestaram a veracidade do conteúdo divulgado.
A mensagem revelada na última quarta foi enviada por Dallagnol a procuradores em um grupo de discussão do Telegram, no dia 22 de abril de 2016, e repassada a Moro no mesmo dia. A conversa ocorreu pouco mais de um mês após Moro ter retirado o sigilo de dezenas de áudios de ligações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um episódio que agravou a crise em torno da então presidente Dilma Rousseff.
Moro, então juiz de primeira instância, havia sido repreendido pelo ministro do STF Teori Zavascki (morto em um acidente aéreo em 2017), então relator da Lava Jato na Corte, pela liberação dos áudios.
Na mensagem, Dallagnol relata ter conversado com Fux sobre o assunto: "Reservado, é claro: O Min Fux disse quase espontaneamente que Teori fez queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo. Disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me pra ir à casa dele rs. Mas os sinais foram ótimos. Falei da importância de nos protegermos como instituições", relatou Dallagnol.
"Em especial no novo governo", completou o procurador, referindo-se ao ex-presidente Michel Temer, que assumiria o Planalto dali a menos de um mês, no dia 12 de maio, após a Câmara dos Deputados ter aprovado o afastamento de Dilma. Moro responde a este comentário com "In Fux we trust", e Dallagnol rebate com uma risada.
Fux informou, por meio de assessoria, que não irá comentar assunto. O MPF comunicou que não fará nova manifestação. Moro também não fez, até a manhã desta quinta (13), uma declaração sobre o novo vazamento.
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