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Redação

contato@acessepiaui.com.br

29/05/2019 - 09h44

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29/05/2019 - 09h44

Papa Francisco envia carta a Lula e aconselha coragem e esperança

Pontífice lamenta "as duras provas que Lula vive ultimamente". Cita morte de dona Marisa, do irmão de Lula Genival Inácio, e do neto do ex-presidente,

 Montagem

Papa Francisco e Lula

 Papa Francisco e Lula

O Papa Francisco enviou uma carta a Lula neste mês lamentando "as duras provas que o senhor viveu ultimamente". No texto, o papa cita a morte de dona Marisa, do irmão de Lula Genival Inácio, e do neto do ex-presidente, Arthur. 

O papa afirma que ora por Lula e pede que o ex-presidente  "não deixe de rezar por mim". A correspondência é uma resposta a uma carta que o ex-presidente enviou ao santo padre em março. 

Esperança

A carta de Francisco faz também considerações sobre o período pascal que fortalece a esperança da humanidade. E destaca, "que, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação".

"O triunfo de Jesus Cristo sobre a morte é a esperança da humanidade. A sua Páscoa, sua passagem da morte à vida, é também a nossa páscoa: graças a Ele, podemos passar da escuridão para a Luz; das escravidões deste mundo para a liberdade da Terra prometida; do pecado que nos separa de Deus e dos irmãos para a amizade que nos une a Ele; da incredulidade e do desespero para a alegria serena e profunda de quem acredita que, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação". 

Leia a carta enviada pelo Papa Francisco à Lula:

Estimado Luiz Inácio,

Recebi a sua atenciosa carta do passado 29 de março, com a qual, além de agradecer a minha contribuição para a defesa dos direitos dos mais pobres e desfavorecidos dessa nobra nação, me confidenciava o seu estado de ânimo e comunicava a sua avaliação sobre o atual contexto sócio-político brasileiro, o que será de grande utilidade.

Como assinalei na Mensagem para o 52º Dia Mundial da Paz, celebrado no passado 1º de janeiro, a responsabilidade política constitui um desafio permanente para todos aqueles que recebem o mandato de servir o seu país, de proteger as pessoas que habitam nele e de trabalhar para criar as condições de um futuro digno e justo. Tal como os meus Antecessores, estou convencido de que a política pode tornar-se uma forma eminente de caridade, se for implementada no respeito fundamental pela vida, a liberdade e a dignidade das pessoas. 

Nestes dias, estamos celebrando a Ressurreição do Senhor. O triunfo de Jesus Cristo sobre a morte é a esperança da humanidade. A sua Páscoa, sua passagem da morte à vida, é também a nossa páscoa: graças a Ele, podemos passar da escuridão para a Luz; das escravidões deste mundo para a liberdade da Terra prometida; do pecado que nos separa de Deus e dos irmãos para a amizade que nos une a Ele; da incredulidade e do desespero para a alegria serena e profunda de quem acredita que, no final, o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a Salvação vencerá a condenação.

Tendo presente as duras provas que o senhor viveu ultimamente, especialmente a perda de alguns entes queridos - sua esposa Marisa Letícia, seu irmão Genival Inácio e, mais recentemente, seu neto Arthur de somente 7 anos -, quero lhe manifestar minha proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus.

Ao assegurar-lhe a minha oração a fim de que, neste tempo pascal de júbilo, a Luz de Cristo ressuscitado o cumule de esperança, peço-lhe que não deixe de rezar por mim.

Que Jesus lhe abençoe e a Virgem Santa lhe proteja. 
Fraternalmente,

Francisco

Vaticano, 3 de maio de 2019. 

Montagem

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